Além da tramitação do caso de Pedro, o MPT evidenciou que há uma outra investigação “em face do empregador Carrefour Comércio e Indústria LTDA pela prática de assédio moral”.
Pedro Henrique Monteiro da Silva, de 23 anos, retornaria ao trabalho nesta quarta-feira (26), depois de se recuperar de um resfriado. No entanto, segundo a esposa, depois da repercussão do caso que o envolveu, teve uma crise de pânico e recebeu um novo atestado médico.
Ao g1, a esposa de Pedro, que pediu para não ser identificada, disse que ele está tomando remédios para dormir e para ansiedade. “Ele não está bem. Ontem, ele teve uma crise de pânico e o médico o afastou”, contou.
O advogado Chrystian de Aragão, que representa o vendedor, afirma que ele sequer quer comentar sobre o caso. “Por enquanto ele não tem condições de falar em público, de fazer procedimento em delegacia e até mesmo de ser ouvido. O que nós estamos fazendo é atuando junto ao MPT [Ministério Público do Trabalho], e eles vão apurar algumas coisas que estão acontecendo lá dentro”, explicou, se referindo ao hipermercado.
A esposa de Pedro e o advogado não informaram por quanto tempo ele deve permanecer atestado.
Sobre o afastamento do vendedor, a assessoria do Carrefour informou que o vendedor apresentou apenas um atestado médico por suspeita de Covid e deveria retornar ao trabalho hoje. No entanto, como o turno dele começa no período da tarde, não sabe informar se ele retornará.
A empresa disse ainda que colocou uma assistente social a disposição do colaborador, para auxiliá-lo em qualquer questão psicossocial e reforçou que repudia todo e qualquer comportamento indevido por parte de seus colaboradores. “Estamos apurando o caso internamente e, por ora, houve o afastamento da profissional envolvida”, se posicionou por meio de assessoria de imprensa, em nota.
Investigação
O Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS) abriu investigação, nesta terça-feira (26), para apurar a situação envolvendo o vendedor.
O MPT informou que apurará o teor da ação “de uma mulher, apontada como gestora do estabelecimento, proferindo palavras a um homem, que seria seu subordinado”. Veja o vídeo abaixo.
Além da tramitação do caso de Pedro, o MPT evidenciou que há uma outra investigação “em face do empregador Carrefour Comércio e Indústria LTDA pela prática de assédio moral”.