Investigação sobre extorsão poderá ser feita em Campo Grande, já que o recado foi recebido quando rapaz já tinha sido assassinado.
Uma mulher procurou a Polícia Civil de Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (27), para denunciar que havia recebido mensagem com pedido de pagamento de resgate do filho. A mulher ainda estava na delegacia quando foi informada que Fábio Ribeiro Acosta, de 24 anos, tinha sido encontrado morto em Belo Horizonte, em Minas Gerais.
À polícia, a mulher contou ter recebido a mensagem em uma rede social às 11h44. O recado exigia o pagamento de R$ 5 mil até às 15h para a liberação do rapaz, dando a entender que ele estava com sequestradores, e ainda ameaçava a publicação de vídeo com imagens da execução dele.
Depois de receber a mensagem, a mulher tentou ligar para o filho, mas o celular dele estava desligado. Em seguida, telefonou para o irmão dela que mora com Acosta e ele respondeu que o sobrinho tinha viajado para Minas Gerais.
A mulher ainda estava registrando a ocorrência quando recebeu uma mensagem do Instituto Médico Legal (IML) de Minas Gerais informando sobre a morte do filho. A delegada Gabriela Stainle, que estava registrando a ocorrência, entrou em contato com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a morte foi confirmada.
Conforme a delegada, as investigações sobre a morte ficarão a cargo da delegacia de Minas Gerais, mas existe a possibilidade de o caso de extorsão ser investigado em Campo Grande, já que a mensagem foi recebida pela mãe da vítima após o assassinato.
Em nota enviada ao g1, DHPP disse que o fato foi registrado, na noite de terça-feira (26), no bairro Paulo VI, em Belo Horizonte. O corpo foi encontrado parcialmente carbonizado em um lote vago e foi encaminhado ao IML André Roquette, onde foi submetido aos exames necroscópicos e aguarda remoção pelos familiares. No local do crime, foram encontrados dois cartões bancários e uma CNH.
“Os laudos periciais para atestar a causa da morte, bem como, os trabalhos investigativos encontram-se em andamento e, a princípio, nenhuma linha investigativa será descartada. Outras informações serão prestadas, em momento oportuno, para não comprometer a investigação”, informou a nota do DHPP.
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Fábio Ribeiro Acosta já cumpriu pena em Ponta Porã no ano de 2017. Ele tinha passagens por tráfico e associação criminosa.