Animal estava numa área de difícil acesso na comunidade Tavares Bastos. Moradores de um condomínio chamaram alpinistas depois que bombeiros não conseguiram achar o bichinho.
Duas equipes de alpinistas resgataram uma cachorrinha que ficou presa por cerca de 48 horas entre duas pedras, na comunidade Tavares Bastos, no Catete, na Zona Sul do Rio
Dois alpinistas resgataram uma cachorrinha que ficou presa por cerca de 48 horas entre duas pedras, na comunidade Tavares Bastos, no Catete
Os primeiros registros foram feitos por um morador de um condomínio próximo à pedreira, que ouviu o choro do animal, gravou e compartilhou nas redes sociais, na terça-feira (16).
Os vizinhos decidiram criar um grupo para resgatar a cachorrinha. Bombeiros foram acionados, fizeram buscas na quarta-feira (17), mas não conseguiram localizar o animal.
O morador continuou registrando o choro do animal. Os vizinhos do condomínio, então, decidiram chamar o alpinista profissional Alan Muller, que imediatamente se solidarizou com a causa.
Ele foi ao local, fez um estudo da região e na manhã de quinta-feira (18), bem cedo, junto com o também alpinista Rafael Silva, iniciaram a operação de resgate.
“A gente tentou acessar por cima, mas foi muito difícil tentar vir por cima porque viemos por um lado errado. Tivemos de andar um bom pedaço. E aí que chegamos mais ou menos onde falaram que ela estava, ela foi logo localizada”, contou Alan.
Alan e Rafael localizaram a cadelinha, mas perceberam que sozinhos não conseguiriam desprender o animal das pedras. Eles ligaram para os bombeiros e, com orientações dos agentes, conseguiram salvar a cachorrinha, que já estava respirando com muita dificuldade.
“Achei que ia ter um cenário, mas tinha outro. Achei que ela teria só uma pata quebrada, mas ela estava com a cabeça presa debaixo de uma pedra do tamanho de uma geladeira, só com parte da mandíbula para fora, por onde ela conseguia respirar”, contou o alpinista.
O animal foi levado para uma clínica veterinária no Catete. A médica veterinária Solara disse que a cadelinha estava desidratada e com míase (bicheira) – infecção causada por larvas de mosca. Ela está sendo tratada e tem prognóstico bastante favorável.
“Ela passou a noite muito bem, com os parâmetros todos estáveis. Um milagre, na verdade. Os exames de sangue estão maravilhosos. Ela já se alimentou, bebeu água e está com parâmetros de um cachorro saudável.
Uma moradora do condomínio já se prontificou a adotar o animal. A cadelinha será chamada de Pedrita Vitória.