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João de Deus é condenado a 44 anos de prisão por estupro contra quatro mulheres em Abadiânia

Esta é a quarta condenação do réu por crimes sexuais, que somam mais de 100 anos de detenção. Ele sempre negou ter abusado de mulheres durante atendimentos espirituais.

Reprodução/TV Anhanguera

João de Deus, ao ser preso novamente, em agosto de 2021

João de Deus foi condenado a 44 anos de prisão por estupro contra duas mulheres e estupro de vulnerável contra outras duas vítimas. Esta é a quarta condenação dele por crimes sexuais durante atendimentos espirituais em Abadiânia, as quais somam mais de 100 anos de detenção. Ele segue em prisão domiciliar e nega os crimes. Cabe recurso da decisão.

A denúncia pedia a condenação de João de Deus pelos crimes contra cinco mulheres. Porém, em um dos casos, o réu não foi considerado culpado por falta de provas.

De acordo com a sentença, assinada pelo juiz Marcos Boechat, os crimes aconteceram entre 2009 e 2018. Além da prisão, a Justiça determinou o pagamento de indenizações às vítimas que variam de R$ 20 mil a R$ 75 mil.

A defesa de João de Deus disse que ainda não foi informada da condenação. Porém, segundo os advogados, se a sentença tiver a mesma solução jurídica das anteriores, irá recorrer para as demais instâncias do Poder Judiciário.

Condenações

  • por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019;
  • por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019;
  • por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, em janeiro de 2020;
  • por violação sexual mediante fraude, a dois anos e meio de reclusão, que podem ser cumpridos em regime aberto, em maio de 2021;
  • por estupro e estupro de vulnerável contra quatro mulheres, a 44 anos de prisão.

Prisão

No dia 7 de dezembro de 2018, mulheres começaram a denunciar que foram abusadas sexualmente pelo réu durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola. João de Deus foi preso inicialmente no dia 16 de dezembro em 2018.

Em março de 2020, ele passou a para o regime de prisão domiciliar. Porém, no dia 26 de agosto de 2021, o idoso voltou para o presídio. No mês seguinte, ele voltou ao regime domiciliar, em Anápolis, onde segue até esta quinta-feira (25).