Brasil

Equipe de resgate encontra corpo e destroços no mar nas proximidades do acidente de bimotor

Corpo, ainda sem identificação, foi resgatado por um helicóptero da FAB e transportado até a Base Aérea de Santa Cruz, no Rio. Avião bimotor com três pessoas desapareceu na noite de quarta.

Poltrona que seria de avião bimotor que caiu no mar na região de Ubatuba — Foto: Divulgação

Um corpo e destroços foram encontrados no mar, na tarde desta quinta-feira (25), nas proximidades do acidente aéreo com um avião bimotor em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A Força Aérea Brasileira (FAB), que integra a equipe de resgate, diz em nota que a suspeita é que seja de uma das vítimas.

“Localizaram o corpo de uma vítima não identificada na área de busca, provavelmente do acidente envolvendo a aeronave de prefixo PP-WRS, que se encontrava desaparecida no litoral do estado do Rio de Janeiro”, diz a nota.

Até a publicação desta reportagem, não era possível identificar de quem era o corpo encontrado.

O resgate foi feito por uma equipe em um helicóptero da FAB, que transportou o corpo até a Base Aérea de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde foi entregue a órgãos competentes.

No comunicado, a FAB “se solidariza com a família da vítima” e informa que “permanece engajada nas operações de buscas aéreas no local do acidente”.

Avião desapareceu na noite de quarta
O avião bimotor desapareceu por volta das 21h de quarta-feira (24). A mãe do copiloto, identificado como José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, confirmou que o filho estava na aeronave com outras duas pessoas: o piloto e um tripulante.

A mãe do piloto, identificado como Gustavo Carneiro, natural de Corumbá (MS), também confirmou a presença do filho na aeronave.

O voo saiu às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A torre do Rio de Janeiro perdeu o contato com a aeronave às 21h40.

Em nota, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba informou que foi notificado sobre o desaparecimento da aeronave de prefixo PP-WRS e que às 4h15 desta quinta-feira (25), um helicóptero iniciou as buscas na área delimitada.

Como é o resgate
Segundo o Corpo de Bombeiros, a ação de resgate às vítimas está sendo realizada pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (Salvaero). Uma equipe dos bombeiros do RJ está atuando em apoio à Aeronáutica.

Uma lancha, tripulada por quatro bombeiros, está percorrendo a divisa entre Rio e São Paulo, a aproximadamente 9 km da costa.

No início da manhã, a Força Aérea Brasileira localizou destroços com probabilidade de serem da aeronave desaparecida. A localização foi repassada aos órgãos de busca marítima e os voos continuam.

Família de copiloto acompanha buscas
Desde a manhã, a família do copiloto chegou a Paraty — onde equipes dos bombeiros e da Capitania dos Portos auxiliam nas buscas — e alugaram um barco por conta própria.

“Chegamos em Paraty por volta das cinco da manhã. Acionamos todos os órgãos para fazerem as buscas. A gente ligou pra Capitania dos Portos e só iam começar as buscas agora pela manhã. Vamos alugar um barco e seguir aonde estão as coordenadas que nos falaram”, disse a mãe do copiloto.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, a namorada do copiloto, Thalya Viana, falou sobre a dificuldade de conseguir informações.

“Estamos desde 21h tentando conseguir qualquer informação. A primeira informação que nós tivemos foi que o avião caiu, depois a informação era que caiu, mas que eles já tinham sido resgatados, depois a informação foi que não caiu, que eles fizeram um pouso forçado por perda de motor, e o pouso foi entre Ubatuba e Trindade, e que eles teriam sido resgatados. Só que eles não foram resgatados. A gente ligou para todos os hospitais próximos ao local, e ele não deu entrada — nós procuramos pelo nome, pelo CPF, tudo”, disse.

Bimotor não tinha autorização para táxi aéreo
Segundo consta na Agência Nacional de Aviação Civil, a aeronave, modelo PA-34-220T, pertencia ao copiloto José Porfírio de Brito Júnior.

O avião estava em situação normal, com autorização para realizar voos noturnos, porém, não poderia fazer táxi aéreo.

O bimotor foi fabricado em 1981. Seu Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) venceria em 6 de agosto de 2022.