Brasil

Sem campeonatos para disputar, jogador de Jóquei vende material reciclável para sustentar a família

Através da venda de papelão e plástico, Francisco Silva também tenta pagar tratamento do filho de 12 anos, que teve uma malformação do intestino

Em dia de carroça cheia, Francisco Silva consegue até R$ 70 pela venda de materiais recicláveis — Foto: Reprodução/TV Globo

A vida do ex-jóquei Francisco dos Santos Silva mudou radicalmente depois que o filho ficou quase três meses em coma, devido a uma malformação no intestino. Sem campeonatos para disputar em meio à pandemia da Covid-19, ele passou a catar materiais recicláveis nas ruas para vender e conseguir sustentar a família e pagar o tratamento do filho, que precisa de cuidados especiais.

Quando a carroça está cheia, Francisco puxa mais de 30 quilos de materiais recicláveis, como papelão e plástico, que ele cata pelas ruas do bairro do Prado, na Zona Oeste do Recife. Quando consegue vender tudo o que está na carroça, consegue entre R$ 60 e R$ 70.

Até o ano passado, a realidade era outra. Apaixonado por cavalos, Francisco era jóquei e participava de campeonatos. Com os prêmios que ganhava, conseguia tirar o sustento da família.

“Passei uma fase muito boa no Jockey Clube de Pernambuco, tive as minhas vitórias. Se algum dia na vida eu tive alguma coisa, tudo foi através do suor dos cavalos”, declarou.

A escassez de campeonatos levou o pai de família a se deparar com a necessidade de encontrar outro jeito de viver. Com a renda de casa diminuindo e os gastos aumentando, a situação ficou ainda mais complicada neste ano.