O Ministério da Saúde informou, neste sábado (4), que estão confirmados seis casos para a variante ômicron do coronavírus no país.
Em todos os casos, os infectados com a nova variante já estão vacinados e apresentaram sintomas leves, acrescentou a pasta.
Foram registradas três confirmações da ômicron em São Paulo, duas no Distrito Federal e uma no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde informou ainda que nove casos estão em investigação, sendo seis no DF e três no Rio Grande do Sul.
“Dos casos confirmados, quatro são do sexo masculino e dois do sexo feminino. Todos os casos têm histórico de vacina, apresentaram quadro leve da doença e estão em monitoramento, assim como em todos os seus contactantes”, informou a pasta, por meio de nota.
A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse nesta sexta-feira (3) que a variante ômicron do coronavírus é “muito transmissível”.
No entanto, Swaminathan ponderou que as pessoas não devem “entrar em pânico” e que o mundo está mais bem-preparado com as vacinas desenvolvidas desde o início da pandemia.
“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse a cientista.
A OMS registra casos da nova variante em 38 países e não há registro de mortes.
A ômicron tem provocado a implementação de restrições que ameaçam o crescimento econômico. A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, indicou que a nova variante pode desacelerar a recuperação e forçar o órgão a revisar para baixo suas projeções econômicas globais.
“Uma nova variante que pode se expandir rapidamente pode afetar a confiança e, a esse respeito, provavelmente veremos cortes em nossas projeções de outubro para o crescimento global”, explicou.
Nessa última estimativa, o FMI já havia aparado o otimismo, estimando um crescimento do PIB mundial de 5,9% em 2021, em vez dos 6% anteriores. Em 2022, a expectativa é de um crescimento de 4,9%.