Uma mulher que mantinha um relacionamento com um estrangeiro, usuário de drogas e que cometia violência física, psicológica e sexual contra ela. Essa é a versão da defesa de Cléa Fernanda para o assassinato do italiano Carlo Cicchlelli, cujo corpo foi encontrado na residência da suspeita, no bairro da Ponta Grossa. O italiano foi morto a golpes de arma branca e seu cadáver foi mantido no local por 40 dias.
A acusação, por sua vez, disse que irá sustentar a tese de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ainda segundo o promotor Dênis Guimarães, Cléa matou Carlo por ganância e conflito financeiro. Mesmo após cometer o crime, Cléa teria afirmado a familiares do italiano e a vizinhos que ele viajara a São Paulo.
Apesar da expectativa inicial de vários dias de julgamento, o presidente do júri, juiz Felipe Munguba, acredita que o julgamento deve ser encerrado ainda nesta quarta (15).
Foram indicadas 12 testemunhas no total, mas uma parte não foi encontrada e a expectativa é que o depoimento delas seja dispensado. Devem ser ouvidas seis testemunhas, sendo José Cláudio Abreu de Oliveira, Eliza Rogato Farias, Antônio Emílio Cicchelli, pela acusação, e Maria de Fátima Silva, Ana Cândida Felix da Silva, e Gisela Lima Conti, pela defesa.