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Indústria pornô tem mais visualizações em comparação aos grandes sites, como CNN e Netflix

Segundo dados do Quantas Pesquisas e Estudos de Mercados, a produção e difusão de conteúdos pornográficos tem aumentado e tem tomado lugar de grandes emissoras ou sites, por exemplo. 

Com base nessa pesquisa, notamos que 90% dos meninos são expostos à pornografia; 22 milhões de brasileiros dizem consumir pornografia, enquanto desse total, 76% são homens (a maior parte são jovens e tem idade de 35 anos, em média; grande parte das pessoas são de classe média; e 49% dos pesquisados são da classe B e estão em um relacionamento considerado sério.

Nessa mesma pesquisa, 69% são pessoas casadas e ou estão em um processo de namoro. Ainda com base nessa pesquisa, 49% concluíram o ensino médio e 40% delas têm ensino superior.

Segundo dados do Observatório Uol, os números da indústria pornográfica são incríveis e impressionam; essa indústria movimenta mais dinheiro que a Major  League Baseball. Segundo esse site, 12% do conteúdo da internet é de natureza pornográfica; 1 novo filme pornô é publicado online a cada 39 minutos. 

E mais, a dona da PornHub, Brazzers e YouPorn estão no Top 3 das empresas com maior uso de banda larga a nível mundial, sendo que as outras duas são empresas como Netflix e Google.

A PornHub, por exemplo, tem mais visualizações mensais em comparação à Netflix, Amazon e Twitter juntos; e a cada segundo, são desembolsados cerca de 3 mil dólares em pornografia.

Notamos que os vídeos pornôs têm trazido aos seus usuários alguns vícios e consequências cognitivas, emocionais e comportamentais nessas pessoas. Tanto que houve um crescimento da procura pelas pessoas por tratamento do vício em clínicas especializadas no assunto.

Aumento global dos acessos à pornografia

Não é somente no Brasil que as pessoas estão buscando acessar mais conteúdos dessa natureza. O PornHub, um dos sites mais acessados de conteúdo adulto, registrou um aumento global nos acessos nos últimos tempos, segundo o G1.

E a nível mundial, o acesso tem crescido ainda mais, pois os gráficos mostram crescimento de 11,6% em um dia normal.

Na Índia, o site de streaming PornHub registrou um aumento significativo de 95% de envolvimento de usuários. A Espanha teve um aumento de 61,3%, a França não ficou para trás, mas teve um aumento de 38,2% nos acessos; e a Itália uma elevação de 30%.

Para você ver, por meio desses dados estatísticos, como essa indústria vem tendo mais visualizações em todo o mundo, portanto, é um mercado que tende a crescer ainda mais, segundo os especialistas.

Impactos do consumo de pornografia

A indústria pornográfica tem bem mais visualizações em comparação aos grandes sites, como citamos acima.

Além disso, a mídia tem um poder de interferir na subjetividade do sujeito, bem como na percepção dele com o mundo. De modo que esses acessos e consumo de conteúdo pornográfico altera a percepção das pessoas, de sua própria sexualidade e traz impactos em suas relações.

O ator Terry Crews, do famoso Todo mundo Odeia o Cris, em 2014, disse que, diante uma transmissão pelo Facebook, onde estavam presentes mais de 3 milhões de internautas, que a pornografia, de modo geral, tinha trazido uma certa “bagunça” para sua vida.

Notamos que as pessoas buscam por esses acessos e acometem a masturbação, e se não controlarem o ato, isso pode se tornar um vício.

Embora a natureza da pornografia não pode ser considerada ruim, mas não ter uma supervisão adequada dos acessos, principalmente pelo uso pelas crianças, é onde pode residir o problema.

Os conteúdos de filmes pornôs e suas naturezas

Os conteúdos de filmes pornôs são voltados para gratificações e fantasias sexuais, principalmente dos homens, o que vem para reforçar estereótipos, muitas vezes, violentos e racistas. 

Alguns casos mostram uma certa violência presente nos vocabulários, como: “meter”, “passar a vara”, “dar uma bombada”, dentre outros tipos.

Essa situação traz uma objetificação das mulheres. Sendo que digamos que “a vida útil da mulher e atriz pornô é de 36 anos, ou seja, elas “morrem” antes dos 40 anos.

Ou seja, é como se as mulheres, por exemplo, se tornassem objetos de prazer, onde se valorizam muito algumas partes dos corpos, como o pênis e a vagina, por exemplo.

As brasileiras são vice-campeãs no consumo de conteúdo pornográfico

A pornografia não é novidade, desde 2.500 anos que os romanos decoravam suas casas com peças eróticas que tinham inspiração em orgias famosas e cenas de banhos.

Notamos ainda que a indústria pornográfica usou da Pandemia para explorar novas oportunidades de lucro, através da produção e difusão de conteúdo dessa natureza.

Segundo o site PornHub, o Brasil é o segundo país do mundo onde as mulheres mais fazem consumo da pornografia. As brasileiras são 39% dos usuários de sites da natureza, atualmente. Elas perdem somente para as chinesas, por enquanto.

É possível perceber que essa indústria da pornografia vem correndo atrás do prejuízo e voltando-se para as mulheres, um dos seus principais públicos. Tanto que a situação vem mudando, que as mulheres hoje, muitas delas, são protagonistas em plataformas de streaming e pensam e criam seus próprios conteúdos pornográficos, e os distribui de modo independente.

Esse protagonismo passa a ser das mulheres também, ao notarem a oportunidade por trás dessa indústria do prazer e da diversão. Por fim, a indústria pornográfica tem mais visualizações em comparação aos grandes sites, como CNN, Netflix e outros.