Polícia

PF deflagra operação que investiga desvio de mais de R$ 5 milhões em Alagoas

Ascom Polícia Federal

Ascom Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (16), uma operação que investiga o desvio de verbas públicas federais em três cidades de Alagoas e nos estados de Pernambuco e Ceará.

A ação, denonimada Últimos Atos, contou com a participação de 80 policiais federais e 10 servidores da Controladoria-Geral da União em Alagoas (CGU) e cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em imóveis vinculados às empresas investigadas e seus sócios. A operação foi realizada nas cidades alagoanas de Maceió, Rio Largo e Porto Calvo; bem como Recife/PE e Fortaleza/CE.

Equipes da CGU participaram das buscas e realizaram procedimento fiscalizatório para verificar o efetivo fornecimento de produtos ou prestação de serviços pelas empresas investigadas.

Também foi determinado o sequestro de bens dos investigados visando o eventual ressarcimento aos cofres públicos, caso sejam comprovados os desvios.

A investigação apura supostos desvios de recursos públicos federais oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FUNDEB), por meio de transferências bancárias que totalizaram R$ 5.040.445,70, realizadas em favor de quatro empresas no período 16 (dezesseis) dias, iniciando-se apenas dois dias após o então prefeito não ter sido reeleito ao cargo em 2020.

Há indicativos de que parte das empresas beneficiadas pelos pagamentos não existe, figurando apenas como fachada para o desvio da verba pública. Nesse contexto, apura-se a efetiva prestação de serviço ou fornecimento de livros e materiais escolares.

Os recursos do FUNDEB devem ser, necessariamente, utilizados pelos entes federados na educação, com aquisição de materiais escolares, pagamento de salários de professores etc.

Pelo desvio da verba pública, os investigados podem ser condenados à pena de até 12 anos de prisão. Os materiais apreendidos serão submetidos à análise e juntados ao Inquérito Policial instaurado na Superintendência Regional da Polícia Federa em Alagoas.

O nome da operação é uma referência ao momento em que foram realizadas as transferências bancárias suspeitas, nos meses de novembro e dezembro de 2020, já no fim do mandato do gestor municipal.