Aplicação acontecerá em dois dias, conforme calendário do INPE
Neste domingo (9) acontece o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade (Enem/PPL). No sistema prisional de Alagoas, 276 reeducandos participarão do certame. Para isso, as inscrições dos alunos foram feitas pela equipe da Supervisão de Educação da SERIS (Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social), que busca ofertar acesso educacional aos apenados.
Além do sistema prisional, as provas serão aplicadas simultaneamente em todo país, para os alunos que não realizaram o exame por apresentar doenças infectocontagiosas, como a Covid-19, comprovada por laudo médico.
“O Exame possui o mesmo nível de dificuldade do Enem regular, sendo a única diferença na aplicação, que ocorre dentro da unidade prisional e socioeducativa”, explicou a gerente de Educação, Produção e Laborterapia, policial penal Cinthya Moreno.
Sobre os efeitos da oferta de educação no sistema prisional,a gestora destaca. “A educação é o pilar para o desenvolvimento do reeducando, além de proporcionar o aprendizado, tem a remição de pena. O reflexo é a possibilidade de dignidade por meio de uma profissão e do conhecimento adquirido”, completou.
Sobre o exame
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho dos estudantes ao término da educação básica e hoje é a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). No sistema prisional de Alagoas, o Exame é ofertado desde 2011, sendo garantida a 100% da população carcerária.
Por meio do Exame, reeducandos já conquistaram a oportunidade de cursar o ensino superior. Ao todo, 28 custodiados estão matriculados em Instituições de Ensino Superior no Estado, enquanto outros seis já estão na pós-graduação, tudo por meio do ensino à distância (EAD).
Educação profissionalizante
Além do Enem, os reeducandos têm acesso a diferentes formas de educação, como os mais de mil cursos profissionalizantes ofertados pelo Instituto Mundo Melhor. Neste sentido, 106 reeducandos do Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) iniciaram, nesta quinta-feira (05), diferentes capacitações.
Entre as ofertas acadêmicas estão cursos nas áreas de saúde em bem estar, administração e empreendedorismo, governança doméstica, informática e línguas estrangeiras.