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Saúde do RJ recomenda manter desfile na Sapucaí e suspender Carnaval de rua

Agência Brasil

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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES) recomendou que o desfile das escolas de samba na Sapucaí seja mantido, mas defendeu a suspensão do Carnaval de rua, diante da situação epidemiológica do estado. A nota foi emitida na noite desta sexta-feira (7), após encontro dos técnicos do comitê científico, que aconselharam o governo a adotar medidas mais restritivas.

A ata da reunião entre os técnicos do comitê será encaminhada para o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, que vai analisar as recomendações, mas que considera ainda muito cedo para decidir sobre o cancelamento do Carnaval na Sapucaí.

“Não é possível que tomemos uma decisão, agora, de suspensão de um evento que vai acontecer daqui a dois meses, à luz da situação epidemiológica atual”, afirmou o secretário da pasta.

Chieppe afirma ainda que, com base na experiência de outros países, a variante Ômicron tende a ter uma transmissão mais rápida. Ele acredita que, até o Carnaval, os casos de infecção deverão cair, e é possível que os desfiles na Marquês de Sapucaí sejam mantidos, seguindo os protocolos de segurança necessários para os foliões.

Ainda nesta sexta, o governador do estado, Cláudio Castro, fez um comunicado nas redes sociais afirmando que iria sugerir que os técnicos do comitê científico estadual avaliassem suspender o Carnaval de rua em todos os municípios do estado.

“Seria irresponsável autorizar aglomerações, sem a possibilidade de seguir os protocolos sanitários, enquanto os casos de Covid-19 crescem”, escreveu Castro na publicação.

Ensaios técnicos suspensos

Também nesta sexta-feira (7), a empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), encaminhou um ofício a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) solicitando a suspensão dos ensaios de rua das escolas de samba devido ao aumento de casos de Covid-19 na cidade nas últimas semanas.

A Liesa, por sua vez, informou que acatou a decisão, mas pede que as agremiações realizem os ensaios em suas quadras, garantindo a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid para acesso e permanência nos locais.

Mais cedo, especialistas ouvidos pela CNN defenderam a suspensão do Carnaval no Rio por causa do avanço da Ômicron no país.

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, não é momento de promover nenhum tipo de aglomeração. “Chegamos em uma taxa de transmissão elevada, numa variante que não respeita muito vacina. Não se deve promover nenhum tipo de aglomeração, nem com, nem sem passaporte, nem com, nem sem vacina”, disse.