Todas as dez vítimas do desabamento de pedras em Capitólio (MG) já foram identificadas. Elas estavam na mesma lancha que tinha o nome de “Jesus”, segundo o delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta.
Eles estavam hospedados em um rancho em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos uns dos outros. O dono da pousada era proprietário da lancha e também parente das vítimas. O piloto era funcionário dele, de acordo com informações da polícia.
A primeira vítima foi identificada oficialmente na manhã deste domingo. Outras quatro vítimas foram identificadas durante a noite. Cinco vítimas foram identificadas nesta segunda-feira (10).
O delegado informou que já há informações sobre as outras pessoas que morreram, mas a polícia aguarda a resposta dos laudos e dos testes de DNA para ter a comprovação oficial da identificação. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG disse que não tem previsão para o fim das buscas.
Marlene e Sebastião eram casados. Eles eram pais de Geovany Teixeira, que era pai de Geovany Gabriel. O casal também são os tios que a costureira Alessandra Barbosa estava procurando no dia do acidente, além de serem tios da vítima Thiago.
Carmem era esposa de Geovany Teixeira e mãe de Camila. Esta última era namorada de Maycon. Julio era amigo da família.
Investigação
Ainda não se sabe o que provocou o acidente. Além da Polícia Civil, a Marinha informou que um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no Lago de Furnas.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (Progressista), disse em entrevista coletiva no domingo que nunca havia ocorrido acidente como este e, por isso, não há um estudo ou análise geológica sobre os paredões.
Pela manhã o prefeito já tinha anunciado o fechamento do turismo aquático na cidade. Segundo ele, estão fechadas as entradas dos cânions e também do local conhecido como Cascatinha,
Também neste domingo, Furnas Centrais Elétricas divulgou uma nota sobre o acidente. A concessionária lamentou as mortes e disse se solidarizar com as famílias. Furnas esclareceu ainda que “utiliza a água do lago para a geração de energia elétrica e que a fiscalização dos demais usos, incluindo o turismo, competem à Marinha e aos poderes públicos locais”.
O que se sabe até agora:
O deslizamento ocorreu por volta de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o acidente
Quatro embarcações foram atingidas, segundo os bombeiros
Dez pessoas morreram. Ao menos 2 seguem internadas
As buscas continuam nesta segunda com participação de equipe de mergulhadores
27 pessoas foram atendidas e liberadas
Todos as pessoas desaparecidas foram foram localizadas pelo Corpo de Bombeiros
Passageiros de uma das lanchas tentaram avisar sobre o deslizamento da pedra segundos antes de ela cair
Bombeiros e Polícia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa
Defesa Civil havia emitido um alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água”; Marinha também investiga por que os passeios foram mantidos
Governador Romeu Zema lamentou o acidente em suas redes sociais