Brasil

Médica agredida por casal após pedir exame para dar atestado teve traumatismo craniano e está abalada, diz marido

Profissional está se recuperando em casa e medicada. Suspeitos assinaram um TCO e foram liberados.

O marido da médica agredida por um casal após pedir exame para dar atestado disse que a profissional está muito abalada física e emocionalmente após o caso, que aconteceu em uma unidade de saúde de Novo Gama. Gabriel Lacerda, que também é médico, disse que Sabrina de Oliveira Lacerda, de 28 anos, teve lesões na cabeça.

“Minha esposa ficou com um traumatismo cranioencefálico, ainda classificado como leve. Ela teve uma lesão na região temporal e ficou com muita dor muscular, precisou ser medicada”, disse Gabriel.

“Ela continua com muita dor, muito abalada, tanto fisicamente quanto emocionalmente, pela situação”, completou.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa deles para se manifestar sobre o caso até a última atualização dessa reportagem.

Dermatologista Sabrina Ribeiro de Oliveira Lacerda, agredida em posto de saúde — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A agressão aconteceu na quinta-feira (27). Segundo o esposo da médica agredida, uma paciente disse que estava com Covid-19 e queria um atestado médico. Sabrina, então, disse que pediria um teste apenas para confirmar a situação e a atenderia.

“Insatisfeita por não receber o atestado, a paciente pegou a doutora pelos cabelos, a jogou no chão e começou a bater a cabeça dela contra a parede e o chão, além de dar socos”, disse o marido.

Gabriel estava na unidade no momento da agressão e foi tentar separar as duas. O esposo da paciente, então, teria entrado no meio e batido tanto na médica quando em Gabriel.

Vídeo mostra homem agredindo médica em posto de saúde de Novo Gama — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Funcionários da unidade ajudaram a separar a briga. Os suspeitos da agressão foram levados à delegacia, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados.

Após a agressão, a médica foi atendida, medicada e se recupera em casa. O que fica, depois disso, é a sensação de indignação.

“Ao longo de dois anos que ela atua lá, nunca teve nada do tipo e você só vai ter comentários positivos da população sobre o atendimento”, disse o médico Gabriel.

A prefeitura da cidade divulgou nota de repúdio contra a agressão e disse que está tomando as medidas judiciais necessárias. “Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família”, destaca a nota.