Política

Alexandre de Moraes manda PF ouvir Abraham Weintraub nesta sexta-feira

Marcos Corrêa/PR

Marcos Corrêa/PR

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) colha depoimento do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub nesta sexta-feira (4). A investigação trata de um vídeo em que Weintraub teria divulgado afirmações falsas sobre a atuação do Supremo e seus integrantes.

Moraes havia inicialmente marcado a oitiva para a última segunda-feira (31), na Superintendência da PF em São Paulo. No entanto, o depoimento foi adiado após o ex-ministro da Educação ter sido infectado pela Covid-19.

Weintraub será ouvido com base em uma apuração preliminar sobre suas declarações em um podcast, em que afirmou que um dos ministros do STF tentou comprar a casa onde morava após sua ida para os Estados Unidos. Sem citar nomes, o ex-ministro ainda disse que este mesmo magistrado teria negado um de seus pedidos de habeas corpus.

Em sua decisão, Moraes afirmou que foram “veiculadas, por parte de Abraham Weintraub, diversas informações falsas acerca da atuação do Supremo Tribunal Federal e de condutas relacionadas a um de seus membros”.

As declarações de Weintraub tiveram repercussão imediata na internet e inflamaram as redes bolsonaristas, fazendo com que se tornassem alvo de uma investigação.

“Diante do exposto, autorizo o reagendamento solicitado pela Polícia Federal, e determino que a oitiva de Abraham Weintraub ocorra no dia 4/2/2022”, concluiu Moraes.

Weintraub exerceu o cargo de ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL) de abril de 2019 até junho de 2020. O ex-ministro se mudou para os Estados Unidos logo após sua saída do ministério, em 2020, após se tornar investigado pelo STF por ataques aos ministros da Corte. O presidente Jair Bolsonaro o exonerou do Ministério da Educação, mas o indicou para um cargo no Banco Mundial em troca.

Neste ano, Weintraub tem intenções de voltar ao Brasil, já que possui pretensões políticas e tem fomentado suas redes sociais com discursos enfáticos de críticas contra o Supremo, tendo o ministro Alexandre de Moraes como um de seus alvos preferenciais.