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Homem é preso suspeito de matar influenciador espancado

Influenciador foi morto espancado em Ubatuba — Foto: Arquivo Pessoal

Um homem de 26 anos foi preso nesta segunda-feira (8) suspeito de matar o maquiador e influenciador Glau Duarte em Ubatuba. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito havia marcado um encontro por aplicativo de namoro, mas já com a intenção de roubo. Na ação, terminou agredindo a vítima até a morte. Ele vai responder por latrocínio.

O caso aconteceu no dia 19 de janeiro quando Glau passava férias com amigas na cidade. Ele teria estendido a estadia na cidade para conhecer um homem com quem vinha trocando mensagens por um aplicativo de encontros.

Na noite do crime, ele foi encontrado desacordado, espancado e seminu na faixa de areia da Praia do Itaguá e levado ao hospital. Apesar disso, não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

A Polícia Civil identificou por câmeras de segurança que dois homens encontraram Glau e depois foram vistos dispensando objetos em ruas próximas ao Centro de Ubatuba. Em buscas nesses locais, a polícia encontrou as chaves da vítima e a arma usada no crime – uma estaca de madeira.

O homem foi preso de Taubaté, cidade onde mora, já tem passagens pela polícia e confessou o crime. Na versão do homem, ele disse que a agressão foi motivada, na verdade, por um encontro que deu errado. Ele alegou que descobriu no local que Glau era, na verdade, um homem. A polícia desacredita da versão.

“O que a gente tem convicção é que ele estava marcando o encontro com a vítima já de forma intencional para o roubo. Só que quando a vítima chegou naquele dia, ela estava vestida de mulher e despertou a ira deles e intensificou as agressões. E lembrando que o latrocínio é um dos crimes mais graves do nosso código penal”, explica o delegado responsável, Ricardo Mamed. A polícia ainda apura a identidade do segundo homem envolvido no caso.

Quem era a vítima
Glau, como é conhecido na internet, tem quase cem mil inscritos em seu canal sobre maquiagem. No Instagram, com mais de 100 mil seguidores. Ele era empreendedor, com atuação com lojas de produtos de beleza com famosos e marcas, como a Playboy.

A repercussão da morte, mobilizou a internet em campanha cobrando respostas. À época do crime, familiares e amigos apontaram que o caso tratava-se de homofobia. A polícia chegou a investigar a versão, mas descartou a hipótese após apurar o esquema para o roubo.