O líder comunitário, Jaudiran Pereira, acompanha a família desde a tentativa de homicídio e conta que após o atentado, em 2016, a jovem ficou em estado vegetativo e de lá para cá apresenta vários problemas de saúde decorrentes do episódio. Recentemente, Rita de Cássia começou a apresentar litíase renal coraliforme no rim direito e a falta de tratamento adequado levou ao quadro de rim atrofiado e função renal reduzida.
Em documentos médicos encaminhados ao Alagoas 24horas, consta que caso a cirurgia não seja feita há risco de uma infecção complicada, o que pode levar a sépses urinária. Familiares e amigos tentam encontrar uma forma de viabilizar o procedimento cirúrgico, seja pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja por meio de rede particular.
A família denuncia ainda que há omissão por parte da Secretaria de Saúde de Santana do Ipanema e chegou a protocolar documento no Ministério Público de Alagoas, no início do mês, para cobrar o fornecimento de frandas descartáveis, cadeira de rodas especial e aspirador para sugar secreção da garganta, além de atendimento com profissionais como fisioterapeura, dentista e psicólogo.
“Rita de Cássia Silva Soares, de 23 anos de idade, tetraplégica, que necessita de auxílio para todas as atividades, relata que o auxílio prestado pelo sistema de saúde é limitado, não possuindo acesso a fisioterapia, dentista ou psicólogo e que Rita está com um rim paralisado por falta de auxílio médico da Secretaria de Saúde. Ademais, sua filha necessita de 76 pacotes mensais e que a Secretaria fornece apenas 06 pacotes de fraldas por mês, uma cadeira de roda especial e também de um aspirador para sugar a secreção de sua garganta. Outrossim, Rita necessita com urgência de uma cirurgia para retirado do rim, que desde agosto de 2018 sua filha necessita de acompanhamento de um urologista e que desde agosto de 2021 , ela urina sangue“, diz um trecho do termo de declarações.
Além disso, os familiares relatam que a jovem se sente intimidada pela presença do agressor nas redondezas e que por causa disso acionou o serviço da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social para recebimento de dispositivo eletrônico de botão de pânico.
O CASO – Em outubro de 2016, Rita de Cássia Silva Soares estava grávida e foi vítima de um atentado por arma de fogo pelo ex-companheiro, que atirou no pescoço dela e a fez perder o bebê e ficar tetraplégica. Na época, o suspeito foi preso, mas após um tempo a Justiça concedeu liberdade provisória. Hoje, ele segue sendo monitorado por tornolezeira eletrônica.
O Alagoas 24horas tentou contato com a Assessoria de Comunicação de Santana do Ipanema, mas até agora não obteve retorno.