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Rodrigo Pacheco: defender nazismo não é liberdade de expressão

Presidente do Senado Federal repudiou as recentes manifestações de apologia ao nazismo

Metrópoles

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), repudiou, nesta quarta-feira (9), as recentes manifestações de uma suposta apologia ao nazismo proferidas pelo ex-apresentador do Flow podcast, Bruno Aiub, conhecido como “Monark”, e o ex-comentarista da Jovem Pan Adrilles Jorge.

Ao iniciar a sessão da Casa, Pacheco classificou os episódios como “lamentáveis”. “É lamentável que em pleno século 21 ainda exista quem defenda que se tolere a disseminação de ideias que admitam a existência de regimes que pregam o genocídio de grupos populacionais por quaisquer motivo”, disse o parlamentar.

O senador mineiro reforçou que “nazismo não se defende”. “Quem legitima o nazismo afronta a memória das vítimas e dos sobreviventes. Desdenha das atrocidades por ele causadas”, enfatizou.

“Defender o nazismo não é uma justa manifestação da liberdade de expressão. Defender o nazismo é crime. Não se defende, não se propaga e não está inserido no rol das liberdades públicas das livres manifestações”, prosseguiu o parlamentar.

O presidente do Congresso prometeu um Senado “vigilante” na defesa dos direitos humanos. “O Senado atuará de forma a não tolerar atos que atendem aos princípios básicos de uma convivência harmoniosa”, declarou.

Entenda

Nessa segunda (7/2), o youtuber Bruno Aiub, conhecido como “Monark”, defendeu, em episódio do podast Flow, a criação de um partido nazista. O debate contou com a participação dos deputados Kim Kataguiri, da União Brasil de São Paulo (UB-SP), e Tabata Amaral (PSB-SP). Após a repercussão negativa da manifestação do apresentador foi demitido do programa.

Um dia depois, o apresentador da Jovem Pan Adrilles Jorge foi desligado da emissora acusado de reproduzir uma saudação nazista que remete à saudação nazista “sieg heil”, realizada pelo ditador alemão Adolf Hitler.