Política

Senadores inauguram memorial às vítimas da Covid e dizem que CPI ‘fez a sua parte’

TV Globo

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O Senado inaugurou nesta terça-feira (15) um memorial às vítimas da Covid no Brasil. O monumento permanente, localizado acima de um auditório do parlamento, é composto por 27 prismas iluminados internamente — cada um representa um estado brasileiro e o Distrito Federal.

O pedido para homenagear as vítimas fatais da Covid foi feito pela CPI que investigou as ações do governo federal frente à pandemia.

Até esta segunda-feira (14), o Brasil contabilizava 638.913 mortos pela Covid desde o início da pandemia. Mais de 27,54 milhões de casos de coronavírus foram registrados no país.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez um agradecimento aos profissionais de saúde, que ajudaram a evitar que o número de vítimas fosse ainda maior.

“Todos têm lembranças de algum familiar, amigo, vizinho, do qual se despediu em razão da Covid-19. Graças a eles [os profissionais de saúde] muitos infectados não serão homenageados, porque se recuperaram e venceram a Covid. A todos os profissionais da saúde, os nossos agradecimentos”, disse.

Pacheco disse ainda que o Senado acredita na ciência, na vacina, nas medidas de enfrentamento à disseminação do coronavírus. Apesar da fala do parlamentar, nesta segunda-feira (14), o senador Eduardo Girão (Pode-CE) promoveu audiência pública em que convidados distorceram dados e fizeram afirmações falsas sobre vacinas.

Membros da CPI da Covid no Senado participaram da inauguração do memorial e cobraram respostas de instituições e órgãos de investigação sobre os pedidos de indiciamento incluídos no relatório final da comissão.

“O que aconteceu foi um morticínio em curso. As responsabilidades, se exige que os órgãos apurem”, declarou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) classificou como “surreal” a conclusão da Polícia Federal de que Jair Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação ao deixar de pedir investigação sobre as irregularidades apontadas pelos irmãos Miranda na negociação frustrada da vacina Covaxin.

Memorial no Congresso

O plano inicial era construir a estrutura no espelho d’água que contorna o prédio do Congresso Nacional, na área externa, que é tombada. Posteriormente, decidiram instalar o espaço na parte interna da Casa. O local escolhido para o tributo às vítimas fica próximo ao auditório Petrônio Portella, em um anexo do Senado.

Os arquitetos responsáveis pelo projeto são Vanessa Novais Bhering e André Luiz de Souza Castro. Um tablado de madeira sustenta os 27 elementos de mármore, um para cada estado. Luminárias foram inseridas dentro dessas estruturas de mármore. O monumento foi montado em cinco semanas.

Ao iluminar as placas, a intenção dos profissionais que projetaram o memorial era a de representar velas. O local possui iluminação natural. Cadeirantes poderão ter acesso ao monumento por meio de uma rampa lateral.