Camila Marodim, alvo de tiros em janeiro, estava em prisão domiciliar mas voltou para a prisão por descumprir regras da tornozeleira eletrônica; operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nesta quinta-feira (17).
Dois homens foram presos em uma operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira (17), suspeitos de terem atirado contra uma acusada de comandar um esquema de tráfico de drogas, em Curitiba.
Segundo a polícia, eles são apontados como responsáveis pelo atentado sofrido por Camila de Andrade Pires Marodim, conhecida como “trafigata”, em janeiro, no bairro Alto Boqueirão.
No caso, que foi registrado por câmeras de segurança, ela e um homem foram surpreendidos a tiros ao chegarem em uma casa.
Camila conseguiu escapar sem ferimentos após correr para dentro da residência. O homem que estava com ela ficou ferido e foi encaminhado a um hospital.
Na manhã desta quinta-feira, policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital cumpriram dois mandados de prisão contra os suspeitos e dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles.
Os mandados foram cumpridos no bairro Tatuquara, em Curitiba, e em Pinhais, na Região Metropolitana. As equipes apreenderam celulares e um carregador de pistola 9 milímetros.
Segundo a Polícia Civil, o atentado contra Camila tem ligação direta com o tráfico de drogas.
A organização criminosa liderada por ela contava com mais de 30 pessoas – entre elas, um adolescente – que auxiliavam no esquema de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.
Ela e outras pessoas foram acusadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de comandar o esquema, que tinha atuação na região de Curitiba e no litoral do Paraná.
De acordo com a denúncia, Camila e o marido usavam “laranjas” para mascarar o patrimônio de veículos de luxo e propriedades, avaliados em cerca de R$ 4 milhões.
Camila Marodim foi presa em novembro do ano passado, durante uma operação da Polícia Militar (PM). Na ação, uma pessoa morreu e 15 foram presas, contando com ela.
O marido da acusada foi morto durante a festa de aniversário de um dos filhos do casal, em novembro do ano passado, poucos dias antes de ela ser presa na operação da PM.
Na data do atentado registrado pelas câmeras, ela estava em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, mas acabou sendo presa novamente na semana passada, de forma preventiva, a pedido do MP-PR, por violar as regras do uso da tornozeleira.
A defesa de Camila disse que as violações da tornozeleira se devem “à busca frenética da acusada para se manter viva” e lembrou do atentado do qual ela foi alvo.