Justiça

Chacina de Guaxuma: Justiça marca data de julgamento de homem que matou família há sete anos

Daniel Galdino foi pronunciado pelo assassinato de quatro membros da mesma família e pela tentativa de homicídio contra outro filho do casal e vai à júri no dia 24 de março

A Justiça marcou para o dia 24 de março, o julgamento popular de Daniel Galdino Dias, acusado de assassinar o caseiro de um sítio, sua esposa, duas crianças e de tentar matar outro filho do casal, no bairro de Guaxuma, em Maceió. A sessão foi marcada pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal de Maceió e acontece a partir das 8h, no 3º Tribunal do Júri da Capital.

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O crime, que ficou conhecido como a “Chacina de Guaxuma”, ocorreu na madrugada do dia 8 de novembro de 2015, no Sítio do Senhor Péo, localizado no bairro de Guaxuma, na Capital. O réu havia sido pronunciado em 2019, mas recorreu na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que, ao analisar o recurso, manteve a decisão de pronúncia.

Nessa quinta (17), a 9ª Vara Criminal publicou no Diário da Justiça Eletrônico que foi encerrado o prazo legal para as partes apresentarem qualquer diligência para sanar eventuais nulidades ou esclarecer fato interessando ao julgamento do processo. O juiz Geraldo Amorim determinou a inclusão do processo na pauta do júri.

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Caso

O crime ocorreu durante a madrugada do domingo (08), quando o casal Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira Paz, e os filhos Estérfany Eduarda de Oliveira Santos, de 9 anos, e Adrian Guilherme de Oliveira Santos, de 2 anos foram encontrados mortos com golpes de facão em Guaxuma.

Uma terceira criança, de 5 anos, também filho do casal, sobreviveu ao atentado. Ela foi considerada a testemunha-chave do crime e recebeu tratamento de psicólogos após o episódio.

De acordo com os autos, a primeira vítima foi Evaldo, que saiu do sítio na companhia do acusado para fazer um trabalho. Durante o trajeto, Daniel teria surpreendido a vítima com golpes desferidos por instrumento corto-contundente em seu corpo, sendo vários golpes nas costas. A vítima ainda teve a mão amputada e jogada em uma vegetação próxima.

Em seguida, Daniel teria retornado à residência das vítimas e arrancado Jenilza de sua casa, ocasião em que a amarrou em uma das bases de concreto de um galpão em construção e a assassinou com vários golpes de instrumento corto-contundente. Ela foi encontrada seminua.

Na ocasião, as crianças, que estavam no local, atenderam aos pedidos da mãe e fugiram, se escondendo no matagal. O choro do filho mais novo teria denunciado o paradeiro das crianças, que foram atacadas pelo réu. Apenas o menino de cinco anos resistiu aos ferimentos e, posteriormente, reconheceu o acusado.

Matéria referente ao processo n° 0728372-59.2015.8.02.0001

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