O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (sem partido) afirmou, em entrevista ao programa Conversa com Bial, transmitido na madrugada desta terça-feira (8/3), não descartar a possibilidade de ser candidato a presidente da República em 2022.
O magistrado ponderou, no entanto, que o prazo legal para se filiar a um partido está curto: termina no próximo dia 2 de abril.
“Em princípio, sim [seria candidato], mas o prazo está muito curto. Eu não tenho mais filiação partidária, me desliguei do PSB há uns dois meses. Eu não procurei nenhum partido, estou tocando a minha vida. Então, essa decisão teria que ser tomada até dia 1º ou 2 de abril”, contou Barbosa.
O ex-ministro explicou também que se filiar a um partido não é uma coisa tão simples.
“Há partidos que não querem ter candidatos à Presidência. O jogo eleitoral no Brasil mudou muito, né? A conquista do poder, hoje, não tem como troféu máximo chegar à Presidência da República”, disse ele. “Não sei se há tantos partidos políticos que queiram uma pessoa tão ranzinza como eu”, brincou, em seguida.
Em 2018, Barbosa também encenou disputar as eleições presidenciais pelo PSB. Não ocasião, ele alegou, contudo, que a decisão de não concorrer ao cargo foi “estritamente pessoal”.
Durante o segundo turno, o ex-ministro declarou voto no candidato do PT, Fernando Haddad. Agora, quase quatro anos depois, Barbosa hesita ao apoiar um candidato, mas descarta um deles: “A reeleição de Jair Bolsonaro seria um desastre absoluto”.