Em inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) relata ter encontrado indícios de que deputados do Partido Liberal (PL), liderados pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (MA), utilizaram-se de grupos armados e extorsões para movimentar emendas parlamentares. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o veículo, participavam das supostas ações criminosas outros dois parlamentares da bancada: Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE). O trio foi, inclusive, alvo, nesta sexta-feira (11/3), de mandado de busca e apreensão em residências ligadas aos parlamentares.
Para cometerem as irregularidades, os deputados pegavam dinheiro emprestado de um agiota, identificado como Josival Cavalcanti da Silva, o “Pacovan”, e, posteriormente, o pagavam com dinheiro das emendas parlamentares – tudo com quantias em espécie.
Segundo a PF, Maranhãozinho é “quem está à frente da estrutura criminosa”. “Capitaneia não somente a dos recursos públicos federais oriundos de emendas para os municípios, mas também orientando a cobrança ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”, diz a PF, em trecho reproduzido pelo jornal.
Ainda conforme o inquérito, três suspeitos ligados ao esquema atuavam como o braço armado do grupo. Eles eram usados pelos parlamentares para pressionar os prefeitos e, consequentemente, extorquir dinheiro dos gestores. A informação foi repassada aos investigadores pelo prefeito do município de São José de Ribamar (MA), Eudes Sampaio.