Suspeita de forjar atentado a tiros contra ela mesma, Káthia Mendes chegou a gravar vídeo internada de GO: “Agradeço demais a preocupação”
Goiânia – A perita criminal Káthia Mendes de Magalhães, de 40 anos, suspeita de forjar um atentado a tiros contra ela mesma, chegou a gravar um vídeo no hospital, agradecendo o carinho de pessoas que enviaram mensagens de preocupação.
Káthia foi internada às pressas na noite de quinta-feira (10), depois de sofrer um suposto atentado na rodovia GO-231, em Caldas Novas (GO), onde ela era chefe da Polícia Científica. Ela foi atingida por um disparo de revólver no tórax, na altura do ombro.
“Apesar do que aconteceu, estou bem. (…). Estou fora de risco, estou estável. Vou fazer mais alguns exames, mas eu agradeço demais a preocupação de todo mundo, o carinho… Estou recebendo as mensagens. Daqui a pouco estou de volta. Obrigado”, disse a perita com a voz embargada, no vídeo gravado na sexta-feira (11).
Nas imagens, ela está na cama do hospital, com um curativo sobre o local onde o projétil da arma de fogo entrou. A bala foi retirada em uma cirurgia.
Falso atentado
Segundo depoimento de Káthia no dia do suposto atentado, uma pessoa em uma motocicleta atirou contra ela, depois que ela foi fechada por um carro de farol apagado. A perita disse que estacionou no acostamento, para verificar se o veículo estava danificado, quando foi surpreendida pelo criminoso.
Investigação da Polícia Civil, no entanto, descobriu que na verdade, a perita teria combinado com um ex-colega de profissão de fingir um atentado. O objetivo seria conseguir a transferência do cargo para outra cidade. Ela confessou o crime.
Segundo a investigação, o colega de Káthia atirou nela com um revólver que a própria profissional entregou para ele. O tiro teria sido dado de forma consentida. Os dois vão responder por peculato, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
Investigação continua
A polícia ainda investiga se havia mais alguma motivação para o falso atentado ou se mais alguém participou da encenação. O colega da perita também vai responder por lesão corporal grave, apesar do disparo ter sido consentido.