Política

Mourão critica ideia de intervenção em preços de combustíveis: ‘Bagunça’

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou nesta segunda, 14, a ideia de uma intervenção nos preços de combustíveis praticados pela Petrobras, após o aumento anunciado na semana passada. Mourão ainda demonstrou confiança de que o presidente da empresa estatal, o general Joaquim da Silva e Luna, conseguirá resistir à pressão e permanecer no cargo. “Estamos acompanhando [os preços]. Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa, e o término é sempre uma bagunça. O governo está buscando soluções junto com o Congresso, seja mudança no cálculo do ICMS, a questão de fundo para estabilização, redução do PIS/Cofins para zero. São as soluções que estão sendo buscadas num momento difícil do mundo, que, uma vez solucionada a situação de conflito vivida entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores”, afirmou o vice-presidente.

Sobre Silva e Luna, Mourão o elogiou com base em sua origem. “Ele é resiliente. Sempre foi. Bom nordestino, ele aguenta pressão”, disse, afirmando que ele não deve pedir para deixar a Petrobras. Na quinta passada, 10, a empresa anunciou um aumento de 18,77% no preço da gasolina, 24,9% no diesel, e 16,06% no gás de cozinha, refletindo aumento no preço internacional do barril de petróleo causado pela invasão da Rússia à Ucrânia. O reajuste tende a pressionar a inflação em um momento que a economia ainda se recupera da pandemia. Na última semana, Mourão havia defendido um subsídio para estabilizar os preços dos combustíveis, com o uso de dividendos e royalties para evitar uma alta maior. O Senado também aprovou a criação de um fundo com essa intenção.