O inquérito aponta a causa da morte do aposentado por introdução de uma substância tóxica no corpo da vítima, provocando embolia pulmonar e infarto.
“Ela fez uso de alguma seringa, de algum material pontiagudo, e injetou alguma substância não identificada no braço da vítima, que causou a sua morte e possibilitou que ela efetuasse a subtração de vários bens: dois mil euros, o veículo da vítima, dois televisores, dois computadores, dois telefones da vítima”, afirmou delegado Deoclécio de Assis.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar a suspeita. Fernanda ainda chegou a trocar um carro que roubou da vítima por outro modelo, mais luxuoso.
Carlos Jorge Rodrigues Jaber, de 65 anos, foi morto em casa no Cachambi — Foto: Reprodução
Imagens de uma câmera de segurança do edifício das 3h15 do dia 29 de dezembro do ano passado a mostram disfarçada com uma touca branca e camisa comprida saindo do elevador do edifício.
A polícia afirmou que a defesa de Fernanda diz que ela nega as acusações e que ela estava no hospital fazendo exames no momento do crime.
Segundo a polícia, as imagens foram gravadas momentos depois de Fernanda assassinar Carlos dentro do apartamento dele. Em seguida, o circuito de segurança flagrou Fernanda na garagem do prédio levando joias e dinheiro para o carro dele, que foi roubado.
Minutos depois, as imagens mostram a mulher deixando o prédio com o veículo da vítima.
Os policiais da 23ªDP (Méier) descobriram que Fernanda foi até uma farmácia do bairro tirar o disfarce. No momento que ela percebe uma outra câmera de segurança, ela vira para esconder o rosto.
“Além de vaidosa e insensível, ela se julga muito esperta. Ela subjulgou a capacidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro de investigar e conseguir identificá-la. Além do disfarce que ela usou para deixar o lugar do crime, ela coagiu uma testemunha dizendo que conhecia pessoas que poderiam interceder junto à delegacia para que nada acontecesse com ela”, afirmou Deoclécio.
A negociação do carro roubado de Carlos Jorge foi monitorada pelos agentes. Fernanda foi até a Região dos Lagos para trocar o veículo por outro, de luxo.
Fernanda Donato teve a prisão decretada pela Justiça por latrocínio, roubo seguido de morte, além de coação a testemunhas que colaboraram com as investigações. Ela já é considerada foragida. A defesa de Fernanda afirmou que já entrou com um pedido de revogação da prisão.
Os policiais também encontraram impressões digitais em vários locais do apartamento de Carlos Jorge.