Expoente crescente da esquerda paulista, Guilherme Boulos (PSOL) anunciou nesta segunda-feira, 21, a desistência da sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo. Ele também confirmou que, em outubro de 2022, vai disputar uma cadeira da Câmara dos Deputados para tentar ajudar a construir uma grande Bancada de Esquerda no Congresso Nacional. “O momento do Brasil exige gestos políticos e generosidade. Tomo esta decisão buscando fortalecer a unidade da esquerda no Brasil e em São Paulo”, disse.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Boulos reforçou seu apoio à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República e sua oposição aos tucanos e ao bolsonarismo. “Eleger Lula presidente é fundamental. Mas precisaremos também eleger um Congresso que represente os interesses da maioria do povo brasileiro”, disse. “Precisamos fazer um esforço sem precedentes para que outubro seja um ponto de inflexão no Brasil. Temos de enfraquecer o Centrão para ter a força política necessária para revogar medidas como a Reforma Trabalhista e o Teto de Gastos”, acrescentou o pré-candidato.
No Twitter, ele disse defender uma unidade da esquerda para derrotar os tucanos e o bolsonarismo no estado de SP, mas, até o momento ainda não declarou se vai apoiar Fernando Haddad (PT), que atualmente lidera as pesquisas na corrida para o Palácio dos Bandeirantes. “No nosso estado, temos outro desafio: derrotar Eduardo Bolsonaro. Não podemos deixar que seja de novo o deputado mais votado. SP precisa dar outra mensagem: derrotar Bolsonaro na presidência e seu filho na Câmara dos Deputados. Vamos sem medo! Vamos com esperança!”, afirmou.
O PSOL acredita que a candidatura de Guilherme Boulos à Câmara deverá ajudar o partido a superar a cláusula de barreira e ampliar a bancada. “Nosso partido é fundamental para o Brasil e precisa ter mais visibilidade e voz no Congresso, com pautas que precisam ter mais visibilidade e voz. É nosso dever tirar o Brasil do buraco e fazer com que todos os brasileiros possam voltar a ter esperança”, finalizou o pré-candidato.