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Filha do cantor Belchior é condenada a 9 anos de prisão por morte de metalúrgico em São Carlos

Reprodução Redes Sociais

Isabela Belchior (à esq.) e os irmãos Jaqueline (centro esq.), Estéfano (centro dir.) e Bruno (à dir.)

A filha do cantor Belchior e os outros dois irmãos envolvidos no assassinato do metalúrgico Leizer Buchwieser dos Santos foram condenados pelo crime, que aconteceu em agosto de 2019.

O julgamento que começou na manhã de terça-feira (22) no Fórum Criminal de São Carlos (SP) terminou por volta das 3h da madrugada desta quarta (23), após mais de 18 horas.

Isabela Meneghelli Belchior, de 28 anos, e os irmãos Estefano Rodrigues, de 25, e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues, de 29, foram condenados por homicídio e ocultação de cadáver. Jaqueline Priscila Dornelas Chaves foi absolvida. (veja abaixo as penas).

Condenações

Isabela Meneghelli Belchior foi condenada a 9 anos e 10 dias de prisão, sendo oito anos por homicídio e um 1 ano e 10 dias por ocultação de cadáver.

Os irmãos Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues foram condenados a mais de 12 anos cada, sendo dez anos, dez meses e 20 dias pelo homicídio e um ano, dois meses e onze dias por ocultação de cadáver.

Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, namorada de Isabela e irmã dos condenados, foi absolvida das acusações e está em liberdade. Ela, Isabela e o irmão Estefano estavam presos desde 2020, enquanto Bruno foi preso em 2021.

Após os depoimentos dos réus, em que todos declararam que Jaqueline não estava no local do crime, o Tribunal do Júri entendeu que ela não teve participação no homicídio e na ocultação de cadáver.

A advogada Sandra Mara de Oliveira, que defende os irmãos Estefano e Bruno, informou que não vai recorrer da decisão.

g1 não conseguiu contato com defensor público Pedro Naves Magalhães, advogado de Isabela.

Suspeitas de matarem metalúrgico durante programa em São Carlos se entregam à polícia — Foto: Reprodução EPTV

O crime

Polícia Civil identifica corpo de homem encontrado em estrada rural de São Carlos — Foto: Arquivo Pessoal

O metalúrgico desapareceu em 26 de agosto de 2019, depois de sair de casa para trabalhar. O carro que ele usava foi encontrado queimado em um canavial e o seu corpo foi achado por um sitiante com as mãos e os pés amarrados, em uma mata na região rural da Babilônia, em 1º de setembro.

Segundo a Polícia Civil, Santos era pedófilo, costumava marcar programas sexuais pelas redes sociais e pedia o envolvimento de crianças, oferecendo um pagamento maior. Ele teria marcado com Jaqueline um programa por R$ 500, no qual ela teria levado a sobrinha de três anos.

Jaqueline teria informado ao irmão, que é pai da menina, sobre o encontro. De acordo com com delegado, ela convidou ainda a namorada, Isabela, e um outro irmão para ir ao local combinado. A intenção seria de extorquir o metalúrgico.

“Sabiam que a vítima queria cometer um crime e extorquiram a vítima no local e se apropriaram do dinheiro”, afirmou o delegado que comandou as investigações, Gilberto de Aquino.

De acordo com o delegado, Santos foi até uma casa, no Jardim Tangará, onde as duas mulheres e a criança o esperavam. Elas pegaram o dinheiro e começaram a xingá-lo, mas ele reagiu e agrediu uma delas. Os outros homens entraram na briga e esfaquearam o metalúrgico.

Após o crime, o grupo abandonou o corpo em uma área e o carro em outra área. De acordo com Aquino, o combustível usado para queimar o carro foi comprado pela Jaqueline.