População de Arapiraca e Palmeira dos Índios se reuniu em frente às agências bancárias para acompanhar as cenas de ação
Cidades tomadas por criminosos armados, explosões, tiros e vítimas transportadas sobre capôs de carros. Todas essas cenas, comuns durante assaltos à instituições financeiras, fizeram parte da simulação do Plano de Defesa realizado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP), nos municípios de Arapiraca e Palmeira dos Índios, durante a madrugada desta sexta-feira (25).
Na ação, que durou cerca de 3 horas e reuniu mais de 200 policiais militares e civis, peritos e bombeiros militares, a população das cidades pôde acompanhar cenas dignas de filmes de ação. No roteiro da simulação, baseada na atuação criminosa conhecida como “Novo Cangaço”, os bandidos simularam um ataque, por volta das 22h, na Caixa Econômica Federal, localizada na R. Major Cícero de Góis Monteiro, no centro Palmeira dos Índios.
Após esse primeiro atentado, realizado para tentar atrair a atenção das forças de segurança que atuam na região, o bando seguiu para a Caixa Econômica Federal da Avenida Rio Branco, em frente a Praça Marques da Silva, em Arapiraca.
Na cidade, os criminosos fortemente armados colocaram em prática as táticas adotadas no domínio de cidades. Ao mesmo tempo, as forças de segurança aplicavam a metodologia de atuação prevista no Plano de Defesa, desenvolvido durante o 2° Simpósio Técnico para Análise de Cenários.
A simulação teve continuidade com a chegada do esquadrão antibombas, do BOPE, e do Instituto de Criminalística, da Perícia Oficial de Alagoas. Neste momento, as equipes colheram vestígios e outras informações necessárias para auxiliar as investigações. Os militares do BOPE simularam a desativação do artefato explosivo que foi deixado dentro da agência pelos criminosos.
O simulado prosseguiu com a fuga dos assaltantes, que levaram reféns. O exercício teve outro ponto alto durante a interceptação dos criminosos em uma estrada vicinal na zona rural de Arapiraca, onde o Centro de Gerenciamento de Crises, com apoio de equipes do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (TIGRE), da Polícia Civil, e do BOPE, negociou a liberação dos reféns e a prisão dos assaltantes.
Estiveram envolvidos na execução do Plano de Defesa a SSP, a Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), da Polícia Civil, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o 3º e o 10° Batalhão da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, o Instituto de Criminalística, da Perícia Oficial, o Grupamento Aéreo, a Polícia Federal, instituições bancárias, de transporte de valores e a sociedade civil em geral.
Para o secretário de Segurança Pública, Elias Oliveira, essa articulação mostra o comprometimento do estado em coibir a criminalidade em todos os graus de complexidade “Nós preparamos os policiais dessa área para esse enfrentamento e, após a execução do simulado, poderemos fazer uma avaliação dessa pronta resposta, que poderá ser aplicada em diversos tipos de articulações criminosas”, esclareceu.