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Presidente do Cruzeiro explica por que rejeitou proposta superior à de Ronaldo vinda de empresa que pode comprar o Vasco

O Cruzeiro foi um dos primeiros clubes grandes do Brasil a anunciar sua SAF, em dezembro de 2021, quando Ronaldo comprou 90% das ações do clube, em acordo celebrado por dirigentes e torcedores.

Nesta sexta-feira (25), porém, foi revelado pelo site ge que, antes do acerto com o ex-atacante, a XP Investimentos, empresa que representou o clube no negócio, e o Cruzeiro representaram oferta superior da 777 Partners, companhia que avança para compra do Vasco.

Em nota, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, explicou que recusou a primeira oferta da companhia norte-americana, optando pela feita por Ronaldo, assim como outros casos.

“Considerando o contexto e formato de investimento e gestão, o Cruzeiro aceitou o que entendeu ser a melhor proposta entre as que foram apresentadas ao clube”, escreveu o mandatário

“Os critérios para essa decisão serão, como todas as decisões que tomamos, transparentemente explicitados ao Conselho na reunião sobre o tema”, completou.

Entenda as diferenças entre as ofertas:

A oferta da companhia americana era superior à fechada com Ronaldo em termos de investimento. Enquanto Ronaldo se responsabilizou pelo aporte inicial de R$ 50 milhões, a 777 ofereceu cinco vezes mais inicialmente para contratação de jogadores e pagamento de dívidas mais urgentes.

Ronaldo, porém, prometeu a possibilidade de mais R$ 350 milhões, dependendo de dois fatores: receitas da SAF estarem abaixo da média contabilizada pelo Cruzeiro com base no faturamento entre 2017 e 2021, além de o ex-atacante estar disposto a desembolsar o valor ou apenas devolver um percentul da SAF para a associação.

Além disso, a 777 prometeu um aporte de R$ 200 milhões para pagamento de dívidas a longo prazo, com restante sendo pago ao longo dos anos, proposta parecida à feita ao Vasco. A Raposa deve cerca de R$ 1 bilhão.

O contrato com Ronaldo não tinha a promessa de assumir as dívidas e a participação no pagamento ocorreria de a cordo com a Lei da SAF, com repasse de 20% das receitas e 50% da distribuição dos lucros da empresa para a associação.

O Cruzeiro se responsabilizaria por pagar a maior parte da dívida, ainda colocando a venda três imóveis. Hoje, novas condições foram impostas, com Ronaldo aceitando pagar parte da dívida tributária, com a transferência de dois centros de treinamento para a SAF.

Por fim, a 777 ainda queria comprar apenas 70% das ações da SAF cruzeirense, enquanto Ronaldo comprou 90%. A companhia americana fez a oferta pelo clube mineiro antes de saber do processo de venda do Vasco.