O ministro Milton Ribeiro foi convencido por aliados a deixar o Ministério da Educação a fim de tentar estancar a “sangria” do governo em ano eleitoral.
A saída foi provocada pela divulgação, há uma semana, de uma gravação na qual o ministro diz repassar verbas do ministério para municípios indicados por dois pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Interinamente, ficará no posto como ministro o atual secretário-executivo Victor Godoy Veiga.
A decisão foi tomada após reunião entre Ribeiro e Bolsonaro no início da tarde desta segunda-feira. Após o encontro, o ministro apresentou o pedido de exoneração.
Emissários de Bolsonaro levaram ao ministro Milton Ribeiro a mensagem de que a sua permanência neste momento havia ficado insustentável. E, com isso, esperava que o próprio ministro pedisse demissão, para dar a ele uma saída honrosa, com a possibilidade de volta ao cargo se não for incriminado pelas investigações.
Desde a noite de domingo, Bolsonaro havia sido aconselhado a afastar o ministro da Educação. Nesta segunda-feira pela manhã, o presidente se convenceu de que não dava mais para que Milton Ribeiro permanecesse no cargo