Morte da cantora, que era casada com Clevinho Santos, completou um mês no dia 23 de março; artista, de 43 anos, deu entrada em hospital de SE com quadro de insuficiência renal, dia 11 de fevereiro, entrou em coma, e morreu dia 23 de fevereiro
Clevinho Santos ainda vive o luto pela morte de Paulinha Abelha, com quem estava casado desde 2020. O modelo, influencer e dançarino, de 30 anos, continua morando na casa em que os dois moravam juntos, em Aracaju (SE), e cuidando do pai da artista, Gilson Santos Nascimento, conhecido como Abelha, de 66 anos, que tem uma doença degenerativa. “Não tenho palavras ainda para falar sobre o que aconteceu [a morte de Paulinha], mexeu demais com todos, não está sendo fácil, mas venho orando muito e agradeço as orações dos amigos, admiradores e de todas as pessoas. Nunca imaginei passar por isso na vida e não desejo a ninguém, porque é uma dor terrível. Mas peço forças a Deus todos os dias para continuar”, conta em entrevista exclusiva para Quem.
levinho conta que conheceu e começou a se relacionar com Paulinha em 2017, quando ela ainda fazia parte da dupla Silvânia e Paulinha. “Eu era dançarino da banda, foi assim que a gente se conheceu. Ficamos juntos e ela voltou para o Calcinha Preta, voltei com ela e daí começamos a morar juntos e passei a dançar na banda. Em paralelo, trabalhava também como modelo e influencer, fazendo algumas publicidades no Instagram”, recorda. “Ficamos cinco anos juntos. Começamos a namorar em 2017 e nos casamos em 2020”, completa.
MORTE
A artista morreu no dia 23 de fevereiro em Aracaju. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite. Um parecer médico, divulgado no dia 31 de março, sobre o que teria motivado a internação da cantora, descartou a relação de medicamentos com a morte da artista.
Segundo o laudo, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com o uso de medicamentos antes ou durante o período em que ela estava internada. O parecer, assinado pelo médico Nelson Bruni C. Freitas, contratado de forma particular por Clevinho e pela banda, foi baseado na análise dos prontuários médicos e cita que exames (como análise do líquor, líquido encontrado no no cérebro e na medula espinhal) evidenciaram uma infecção no Sistema Nervoso Central e indicam a hipótese diagnóstica de uma meningite não decorrente de intoxicação medicamentosa.
Além disso, não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar possa ter desencadeado a patologia da paciente. Embora o médico explique que intoxicações alimentares possam causar lesões renais, hepáticas e cerebrais, culminando em alguns casos com o óbito dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico, a avaliação é que este não foi o caso de Paulinha.
Leia, abaixo, a entrevista completa com Clevinho:
Como está sendo seu dia a dia depois do que aconteceu?
Paulinha e eu vivíamos juntos 24 horas por dia praticamente. Se um ia à padaria, o outro ia também. Está sendo muito difícil… Tínhamos sonhos, estávamos planejando para ela fazer inseminação artificial agora, logo depois do São João. Tentamos ano passado, não deu certo, e iríamos tentar esse ano de novo. Tínhamos o sonho de ter um filho, queríamos muito que esse sonho se realizasse, era o sonho da Paulinha. Também tínhamos outros planos depois do São João. Paulinha tinha em mente gravar os 30 anos de carreira dela, uma homenagem aos fãs, e, futuramente, ela pretendia lançar a carreira solo. Pegou a gente de surpresa…
Paulinha se queixava de dores, tinha algum problema de saúde?
Nunca. Quem conhece Paulinha sabe que ela não era de se queixar de dores e não era de adoecer. Ela sempre foi uma mulher muito forte. Quando ela começou a passar mal, ainda em São Paulo, foi tudo muito rápido. Ela até falava: ‘será que estou grávida?’ Porque ela vinha enjoando, vomitando.
Quando ela começou a se sentir mal?
Estávamos em São Paulo, porque a banda fez shows por lá no final de semana e na segunda estávamos de folga. Resolvemos ir comer um sushi: eu, a Paulinha, o Daniel Diau e a esposa dele, a Roberta. Primeiro fomos ao Terraço Itália, tiramos fotos. De lá fomos comer sushi. Ela sempre gostou de shimeji. Pedimos um e comi com ela. Comemos sushi e uma asinha de frango frita também. Depois voltamos para o hotel. Chegando lá dormimos e, pela manhã, a Paulinha se queixou de enjoo. ‘Amor, você está sentindo alguma coisa?’ Falei que não. Ela disse: ‘estou me sentindo cheia, enjoando’. Foi quando falei: ‘será que está grávida?’ E ela respondeu: ‘acho que não. Estou enjoada, com ânsia de vômito’. À tarde, ela vomitou. E daí ela comia alguma coisa e vomitava. Ela tinha um programa de podcast para gravar com a banda na terça, o PodPah. E ela foi gravar e passou mal no programa.
O que aconteceu depois?
Voltaríamos para casa [Aracaju] na quarta-feira e ela já estava fraca, vomitando e enjoando, sentindo dores na lombar. Na quarta a gente não conseguiu voltar porque ela desabou. Ela disse: ‘eu não vou conseguir voltar para casa hoje, não quero. Na quinta a gente volta’. Eu perguntei se ela queria ir ao hospital e ela disse: ‘não, vou ficar boa, deve ser a comida’. Nós achamos que ela estava mal por causa da comida, porque ela levantava, ia ao banheiro. Ela não ficou só deitada, ela agia normal, só se sentia enjoada.
Vocês continuaram em São Paulo porque ela não quis voltar?
Isso. Não voltamos na quarta. Ligamos para o empresário e explicamos que iríamos na quinta porque a Paulinha estava vomitando e não estava se sentindo bem para voar. Perguntamos se tinha como mudar o voo e ele mudou. Chegamos em Aracaju na quinta de madrugada. Não viemos para a nossa casa, ficamos na casa da minha mãe, que é perto ao aeroporto. Paulinha até falou com minha mãe: ‘faça uma canja de galinha para mim’. Minha mãe fez e ela comeu. Passamos a madrugada lá e, de quinta para sexta, ela acordou e vomitou. Ela comia e vomitava. Na quinta tinha feito pouco xixi e falou: ‘amor, hoje eu fiz pouco xixi’. E ela não era de fazer pouco xixi. Na quinta e na sexta ela não fez mais. E começou a sentir as mãos e pernas inchadas. Ela estava bebendo água e, mesmo assim, não conseguia fazer xixi. Na sexta, falei: ‘amor, vamos para o médico’. Fomos até o hospital e ela estava normal, andando. Chamei um amigo meu, que nos nos levou lá.
Como foi ao chegar no hospital?
O médico examinou Paulinha, pediu um raio-x e um ultrassom abdominal. E eles verificaram uma alteração tanto nos rins quanto no fígado dela. Ela estava sem fazer xixi, estava ficando sonolenta e um pouco agitada, mas estava normal, acordada. Foi aí que o médico falou que ela precisaria fazer uma hemodiálise. Tentaram coletar a urina dela, ela foi ao banheiro, mas não conseguiu fazer xixi. E aí eu comecei a perceber que o tempo estava passando e ela estava ficando meio aérea, desorientada. Perguntei ao médico por que ela estava assim e ele explicou que era porque ela não está conseguindo urinar e precisaria fazer a hemodiálise.
Quando ela foi para a UTI?
Colocaram o cateter para a hemodiálise e ela subiu para a UTI no sábado. Acompanhei ela, porque não pode ficar 24 horas, fizeram a primeira sessão e ela conseguiu fazer pouco xixi. Avisei ao empresário e ao advogado da banda, que foram para o hospital acompanhar de perto. Expliquei a eles que ela faria hemodiálise e eu estava preocupado.
Ela estava lúcida, conversando com você?
Ela estava falando ainda quando foi para a UTI. Perguntava o que estava acontecendo, mas não entendia muito as coisas. Falei com ela: ‘você vai ficar bem e depois vamos para casa’. No domingo fui para o hospital e conversei com ela. A enfermeira falou: ‘ela está sem querer comer, converse com ela, perguntou por você hoje, disse que estava com saudade de você, do seu cheiro’. Eu falei: ‘tem que comer, amor! Vamos comer, vamos orar’. Ela então comeu um porquinho e daí o outro médico chegou. Ela brincou com o médico, que disse: ‘Paulinha eu lhe conheço, sou fã demais de você, do Calcinha Preta, gosto muito daquela música que o Daniel canta, ‘Cobertor”. E aí ele começou a cantar e ela também. Mas ela começou a cantar de uma forma como se estivesse em outro mundo. Ela estava mais aérea, sabe? Perguntei ao médico ser aquilo era normal e ele disse que com a hemodiálise ia melhorar.
Mas na segunda ela teve uma piora, né?
Sim… Quando eu cheguei na segunda, ela já estava com uma sonda para comer. Perguntei o porquê da sonda e me explicaram que ela não estava conseguindo comer e estava bastante agitada. E percebi que ela já estava muito inchada, o rosto, as pernas, os braços, as mãos. E daí tiveram que contê-la para não agitar e puxar a sonda da comida. Isso foi na segunda pela manhã. Ela ainda estava abrindo os olhos e brincando, olhava para mim. À tarde, ela já não estava respondendo. Ela poderia estar me reconhecendo, mas ela não parecia estar em si. Na segunda à tarde, tomei um susto, porque ela já estava dormindo e chamei os médicos para entender. Me explicaram que ela estava muito agitada e deram um sedativo.
Em seguida ela precisou ser intubada?
Sim, foi quando as coisas começaram a piorar. Na madrugada de segunda para terça tiveram que intubá-la e depois ela não voltou mais. Pedimos transferência de um hospital para outro, com aparelho de tomografia. Ela foi na quinta à noite para o outro e as coisas começaram a piorar. Achávamos que ela ia melhorar, mas ela entrou lá, fez eletroencefalograma, doppler, coleta de líquor, fez vários exames, coletaram urina e resultou que, no final, aconteceu o pior.
Você ficava no hospital direto, né?
Como ela estava na UTI, eu dormia do lado de fora, na cadeira, ou no carro, porque eu não queria voltar para casa porque tinha esperança que ela saísse dali. Emagreci 10 quilos até o dia da morte dela, foram dias muito difíceis. Eu parava à noite e pedia a Deus que me levasse no lugar dela ou ficasse no lugar dela ali na cama. Mas, às vezes, não entendemos os planos, os propósitos de Deus.
Como você lidou com a forma como tudo aconteceu?
Muita gente fala que a causa da morte foi isso, aquilo, que estou escondendo. Não tenho o que esconder de ninguém. Pelo contrário. Recentemente saiu um laudo final. Nós pegamos boletins, prontuários, todas as receitas dos últimos meses, manipulação de medicamento, só mostra remédio de novembro, não tinha como ficar por tanto tempo no corpo dela. A banda contratou um médico perito. Mas nenhum resultado vai trazer minha esposa de volta.
Mas você é criticado pelas pessoas?
Algumas pessoas acham que estou escondendo algo sobre a Paulinha e não pretendo nem quero esconder nada. É fácil apontar ou escrever um comentário. Se fosse no meu lugar, eu queria ver o que fariam. Se os profissionais não conseguem identificar o real motivo, o que eu tenho a ver? Isso às vezes me deixa triste, chateado, já tem o luto que eu mal vivo, porque tanta coisa que acontece. Ficam falando: ‘faça isso, vá atrás daquilo’. Não estou querendo dinheiro, o que queria era minha esposa e nada vai trazer Paulinha de volta. O que queria não vou ter mais, que é ela.
Seu sogro, pai da Paulinha, continua morando com você?
O pai dela está comigo e irei dar continuidade aos cuidados com ele. Paulinha e eu sempre cuidamos dele. O empresário e os integrantes do Calcinha Preta prometeram que vão arcar com as despesas dele [plano de saúde, home care, remédios, alimentação, cuidadoras]. Nós iremos cuidar dele porque o Seu Abelha sempre foi o amor da vida da Paulinha. Eu, com a minha família, Diassis e os outros integrantes da banda vamos cuidar dele.
Quem mora na casa hoje?
Antes éramos eu, a Paulinha, ele e a cuidadora. Com o acontecido, estamos morando eu, a minha mãe e ele. Tem o home care na parte da manhã, das sete da manhã até sete da noite. Estamos tentando ver se conseguimos o home care 24 horas, porque é muito importante, são profissionais da área, que já conhecem o paciente e tem todos os cuidados. É diferente de um cuidador normal. Ele sempre morou com a gente, desde o início do casamento. A gente sempre se dedicou ao máximo para cuidar dele, porque é uma doença degenerativa [ele tem pouca massa encefálica frontal]. Sei que de onde Paulinha estiver, ela vai estar feliz, porque vou estar cuidando do pai dela, que era o amor da vida dela.
O Seu Abelha fala?
Ele é uma pessoa acamada e tem uma doença degenerativa, então ele hoje não entende muito as coisas, mas sei que ele sente muito a falta da Paulinha. Quando ela chegava dos shows, ia ao quarto, dava cheiro nele, ficava na cama perto dele, sei que ele está sentindo falta disso, mas ele não sabe que ela morreu. Tem dias que ele está mais sonolento, outros que ele está mais esperto. Ele pode achar que ela está viajando, mas como ele sabe que eu vivia muito tempo com a Paulinha, ele está percebendo que tem algo errado. Ele pode não saber o que é. A gente não sabe dizer se ele sabe, mas ele sente a falta. Ele já não fala há três anos.
Você mantém contato com a mãe e as irmãs da Paulinha?
Elas não moram aqui em Aracaju, moram no interior, em Simão Dias. Elas estão lá, onde foi o enterro da Paulinha. Elas estão bem, falaram comigo esses dias. Falo para elas que as portas daqui estão abertas, se elas quiserem visitar o pai delas. Surgiram boatos de que, assim que Paulinha faleceu, o pai dela foi internado. E tudo isso é mentira. Ele está aqui bem na medida da possível dentro do quadro dele. Está com a saturação boa, não apresenta febre. Ele está com o quadro normal e estável.
Você está tendo algum acompanhamento psicológico?
Não quis procurar profissional, me indicaram alguns e vários outros chegaram a mim. Mas eu converso muito com a minha mãe. Choro com ela e oro muito. Choro mais sozinho, os piores momentos são quando estou em casa ou no meu quarto. Paulinha e eu renovamos a nossa aliança com Deus, e nasci e cresci no evangelho. Minha família é evangélica. Com o decorrer do tempo, me desviei do caminho, mas sempre mantive minha fé, minhas orações, tanto eu quanto a Paulinha. Todos os dias orávamos antes de dormir e quando acordávamos. Nós entregávamos nossos sonhos nas mãos de Deus e sempre foi assim.
Não deve ser fácil…
Não é fácil. Mas tanto eu, quanto minha mãe, já passamos por tanta coisa. Eu perdi o meu pai cedo. Morei sozinho, minha mãe criou eu e meu irmão sozinha. Acabamos passando por dificuldades e, aos poucos, fomos aprendendo a lidar com as coisas da vida. As pessoas falam que sou forte. Não sou forte, tenho Deus. Não escolhemos o que vamos passar, não sabemos, não temos como adivinhar como será o nosso caminho. Se Deus me colocou na vida da Paulinha tem um propósito.
Como você pretende levar sua vida agora?
Eu continuarei levando o brilho, a alegria, a sinceridade, o companheirismo, a humildade, o amor com as pessoas e com os fãs que Paulinha tinha. Porque ela deixou um legado aqui na Terra, que é o de espalhar o amor. Depois que ela se foi eu tenho certeza que a mensagem dela é amar o próximo como a si mesmo. Porque Paulinha se amava e amava o próximo de verdade, ela não tinha inveja, raiva de ninguém. Abraçava quando tinha que abraçar, brincava quando tinha que brincar.
Você mudou a casa depois que ela se foi?
As coisas continuam aqui, os quadros, tudo igual. Nosso quarto continua do mesmo jeito, as roupas dela estão no outro guarda-roupa, como ela sempre arrumava, a casa está da mesma forma que ela deixou. Não mudei nada ainda e continuarei aqui até resolver essa questão. Quero guardar o amor, o respeito e o carinho que ela sempre teve comigo e com todos no meu coração. Vou guardar dentro de mim. Guardei uma peça de roupa dela que eu gostava muito. Mas a maior lembrança vai estar sempre dentro do meu coração comigo. A Paulinha sempre foi alegria, amor, humildade, de tudo ela sempre teve um pouquinho de alguma coisa. Foi o amor da minha vida e para sempre será.
E sua carreira? Como vai ficar daqui para frente?
A gente já estava com um projeto pronto, com músicas prontas. Vou me lançar como cantor do ritmo piseiro, irei lançá-lo futuramente, mas, primeiro, irei lançar uma homenagem para a Paulinha. Em seguida lançarei meu projeto como cantor e nas plataformas digitais vai estar disponível.
Você vai usar o mesmo nome?
Meu nome artístico será Clevinho Santana. Decidi esse nome junto com a Paulinha. Nunca vou esquecer o dia 18 de novembro. Estávamos tocando dentro do ônibus com o Pinókio, o tecladista do Calcinha Preta, e estávamos falando que nome colocar. E ela falou: ‘por que não coloca Clevinho Santana?’ E na minha família tem Santana. Irei deixar esse nome artístico, porque é o nome que ela gostou e achou que combinou muito comigo.
Quando você começou a cantar?
Às vezes, quando estávamos em casa, ela ficava cantando ou então eu ficava cantando no chuveiro. Sempre quando estava tocando uma música na rádio ou no MP3, cantávamos e ela falava: ‘amor, por que você não grava umas músicas? Por que não faz aula?’ E comecei a fazer aula com meu professor de canto Rick Gomes. Comecei a fazer aula e ele falou: ‘dá certo você gravar, você tem uma voz boa para cantar, você vai pegar um ritmo bom, que é o piseiro. Grava, coloca nas plataformas digitais e daí a gente vai vendo como vão andando as músicas’. Sempre tive o apoio da Paulinha em relação a isso. Eu iria lançar agora mas como tudo isso aconteceu não tinha como.
Como será a homenagem para a Paulinha?
É de composição de Marquinhos Siriguela, percussionista da banda. É uma versão, a letra é dele, que passou para mim e gravei. O nome da música é ‘Para Sempre Paulinha’. Está gravada, só falta mixar. Gravei quarta passada. Foi um dia difícil, não foi fácil, paramos várias vezes, porque me emocionei muito. A letra é muito linda, combina muito com a nossa história. Estamos só terminando de montar, mixar, fazendo os últimos detalhes para poder lançar. É uma letra inédita e tem a ver com a nossa história, é uma história de amor.