Monique ganhou o direito à prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Ela deixou o Instituto Penal Santo Expedito terça (4)
Rio de Janeiro – O Ministério Público (MP) recorreu, nesta sexta-feira, 8, da decisão da juíza do 2ª Tribunal do Júri, Elizabeth Louro, que concedeu prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica à professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em 8 de março do ano passado.
Monique e o ex-padrastro do garoto, o vereador cassado Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, respondem na Justiça pelo crime. Jairinho continua preso.
Para revogar a prisão preventiva de Monique, a magistrada alegou que “a manutenção da prisão em instituição estatal era o meio adequado de se prevenirem reações exacerbadas (…) e incompatíveis com o Estado de Direito”. Segundo a juíza, “multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego” da professora no cárcere.
O recurso, com pedido de reconsideração foi enviado à magistrada. Se for negado, será encaminhado ao Tribunal de Justiça. “A prisão se faz necessária pelos mesmo fatos do início, o abalo a ordem pública. Ressalto que a ré tentou fraudar a instrução processual quando combinou depoimentos do caso”, argumentou promotor Fábio Vieira.
Monique foi ameaçada na prisão por outras presas, que denunciaram que ela praticava atos libidinosos na cadeia com advogado. A mãe de Henry deixou a prisão na noite de terça-feira (5).
“Será que podemos separar os dois personagens responsáveis pela morte do pequeno Henry, de acordo com uma escala, a qual permite aferir a intensidade de suas responsabilidades e como corolário, a intensidade da reprovação de suas condutas? (…) ambas as condutas terem o mesmo grau de periculosidade e concorrerem de igual maneira para a violação do bem protegido, qual seja, a vida”, diz trecho do recurso ao qual o Metrópoles teve acesso.
“Ela será convocada para prestar depoimento assim como as outras testemunhas. Por enquanto, estamos investigando os crimes de estelionato e associação criminosa”, afirmou Alan Luxardo, titular da Delegacia de Defraudações.