Mundo

Rússia agrava crise diplomática e expulsa 18 diplomatas europeus

Na última semana, a União Europeia declarou 19 diplomatas russos personas non grata e determinou a saída imediata do país sede do bloco

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia determinou a expulsão de 18 diplomatas da União Europeia. Eles deverão deixar o país.

Nesta sexta-feira (15), segundo informações divulgadas pela agência internacional de notícias Reuters, a medida é em represália ao bloco.

Na última semana, a União Europeia declarou 19 diplomatas russos personae non grata por “envolver-se em atividades contrárias ao seu status diplomático”. O bloco determinou a saída imediata do país sede, a Bélgica.

Nas últimas semanas, a crise diplomática entre a Rússia e países contrários à guerra se acentuou com sucessivas expulsões de representantes.

Quase 200 diplomatas russos foram expulsos de países europeus. Itália, França, Espanha, Suécia, Eslovênia e Dinamarca, por exemplo, aplicaram as sanções diplomáticas desde o início de abril.

As retaliações ganharam mais força após o mundo ficar assombrado com gravações divulgadas que mostram cenas fortes da tragédia na cidade de Bucha, próxima a Kiev.

Guerra
A tensão voltou a subir no Leste Europeu após novos ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Vladimir Putin, que havia prometido trégua a Kiev, sinalizou que vai bombardear a capital.

Mais de 20 edifícios e uma escola foram alvo de mísseis ucranianos. A região atacada fica em Belgorod, no sudeste da Rússia, próximo à fronteira entre os dois países. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pela agência russa de notícias Tass.

Em represália, o governo russo anunciou novos ataques em Kiev. A determinação ocorre duas semanas após Putin indicar a retirada de tropas da cidade. “O número e a frequência de ataques com mísseis a instalações em Kiev aumentará”, informou o Ministério da Defesa russo.

A Rússia e a Ucrânia vivem embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar coordenada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro. A guerra completa, nesta sexta-feira 51 dias.

Ataque em Kharkiv
O governo ucraniano afirmou que sete civis morreram e 27 ficaram feridos em um ataque russo contra um ônibus que retirava pessoas da região de Kharkiv, no leste do país.

“Em 14 de abril, militares russos dispararam contra um ônibus de retirada com civis na cidade de Borova. Segundo as primeiras informações, sete pessoas morreram e 27 ficaram feridas”, informou a Procuradoria-Geral no Telegram.