Se a defesa do suspeito não entrar com recurso, ele retornará para a Penitenciária Estadual de Dourados, onde está preso o namorado dele.
O homem de 39 anos, que realizou sequência de furtos e dano ao patrimônio público, em Dourados (MS) para retornar à cadeia para ficar com o namorado, teve a prisão preventiva decretada, em audiência de custódia nesta quarta-feira (13). Desta forma, caso a defensoria não apresente recurso, ele deve retornar ao Presídio Estadual de Dourados.
O suspeito estava em liberdade condicional, mas cometeu furtos e quebrou vasos sanitários de uma praça para retornar ao presídio onde o namorado dele está preso. Ao ser levado para a delegacia, ele implorou para o delegado que acompanhou o caso, Gabriel Desterro, para não ser solto.
“Me prende pelo amor de Deus, sem ele nada faz sentido”, disse o homem ao delegado.
Ao g1, o delegado explicou que no momento o homem permanece preso na delegacia. “Se permanecer preso preventivamente, [ir para o Presídio Estadual de Dourados] seria o caminho natural. Só se a defensoria recorresse agora, o que não deve acontecer já que ele não quer”.
De acordo com o Ministério Público, o pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva foi feito para garantir a ordem pública, porque o suspeito tem vários antecedentes criminais.
Crimes
O homem furtou, no início da noite de segunda-feira (11), uma bicicleta e ficou na região do crime até ser visto pela dona do veículo.
Segundo o registro policial, ela pediu ajuda a populares para contê-lo, porém o suspeito não apresentou resistência e foi levado para a delegacia.
Contudo, horas depois o homem foi solto para responder pelas ações em liberdade. Focado em concretizar o objetivo de “reencontrar o amor”, ele voltou a cometer crimes logo após ser solto. Um vaso sanitário da praça Antônio João foi um dos alvos dele.
“Assim que saiu da delegacia já foi fazer um segundo furto e em seguida danificou o patrono público [vaso sanitário], daí foi preso hoje cedinho, porque ficou parado ao lado do posto da Guarda Municipal esperando ser preso”, detalha o delegado que acompanhou o caso, Gabriel Desterro.
O delegado disse que explicou para o homem sobre progressão de regime e livramento condicional que poderiam ser aplicados no caso do namorado dele. Segundo Desterro, inicialmente o homem disse que não era somente pelo namorado, mas depois assumiu que cometeu os crimes exclusivamente por essa razão.
Ele também disse às autoridades que “se fosse solto, iria matar alguém para ser preso e poder falar com um juiz”.