Vídeo: “Ele é um monstro”, diz garoto espancado por homem após assobio

O adolescente brutalmente agredido por um homem de 27 anos detalhou como ocorreu a sessão de espancamento

Apesar de apresentar hematomas por todo o corpo e e estar com um olho roxo em decorrência da sessão de espancamento a qual foi vítima, o adolescente de 14 anos brutalmente agredido pelo vizinho, identificado por Victor de Sales Batista, 27, foi para a escola normalmente, na manhã desta segunda-feira, 25. Quando voltou para casa, o garoto conversou com a equipe de reportagem do Metrópoles. “Esse cara é um monstro”, disse o jovem.

O caso ocorreu na Vila Nova Divinéia, no Núcleo Bandeirante, no último sábado (23). O menino não será identificado, por motivo de segurança e em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Bastante machucado, ele contou que ainda está com o corpo muito dolorido e que aguarda que a polícia prenda Victor o quanto antes. “Que faça a justiça. Ele pisou em mim, deu chute, soco, murros. Eu fiquei parado chorando e pensando ‘por que isso aconteceu comigo?’”, relembra.

Veja a entrevista:

O adolescente disse que estava jogando futebol com os amigos quando tudo aconteceu. “Era sábado e estávamos na quadra jogando bola e aproveitando o dia. Ele apareceu e eu não imaginei que fosse me bater. Quando ele veio para cima de mim, ele disse ‘e, agora?’, me deu um murro e eu já caí no chão”, conta.

“Ele me bateu sem parar. Eu só fiquei tentando me defender e protegi a minha cabeça, que era o mais importante”, acrescentou.

O garoto também disse que Victor já havia lhe ameaçado pelo menos outras três vezes. “Ele reclamava do jeito que eu chamava a minha mãe, assobiando. Uma vez ele falou que ia me bater e eu revidei a provocação, dizendo que ele não era nem o meu pai e nem a minha mãe. Só quero justiça”, pede.

O caso
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso e deve intimar o agressor a prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (25/4). O adolescente contou aos investigadores que, antes da série de chutes, Victor se aproximou e perguntou: “Você vai correr? Você não disse que não sou seu pai?”. Em seguida, o homem desferiu um soco no rosto do menor. O garoto caiu no chão, Victor o xingou de “filho da puta”, “desgraçado”, e afirmou: “Na próxima vez, vou é te matar”.

Imagens reveladas pelo Metrópoles mostram o momento em que o menino está caído no chão de uma quadra de esportes enquanto Victor o chuta pelo menos cinco vezes.

A gravação tem apenas 12 segundos, mas as crianças que estavam na quadra esportiva afirmam que o homem agrediu o adolescente por cerca de 3 minutos. Os vizinhos confirmam a versão do garoto, de que as agressões tiveram a ver com assobios que o jovem fazia para chamar a mãe na frente de casa.

Em depoimento à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), o adolescente disse, ainda, que Victor “sempre implicou muito” com ele. Segundo o garoto, o agressor disse, por diversas vezes, que “não ia com sua cara” e que ele o “incomodava”.

O menino afirmou ainda que, após a violência física, Victor saiu da quadra “caminhando tranquilamente, zombando da situação”. A vítima foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) após prestar depoimento.

O agressor

De acordo com vizinhos, Victor mora na Vila Nova Divinéia há pouco mais de 1 ano, com pai, irmã e madrasta. Eles não souberam informar a profissão do agressor e disseram que a família é bastante discreta.

Segundo Eduardo Ribeiro Machado, 32 anos, morador da região que recebeu o vídeo minutos após as agressões, esta não é a primeira vez que Victor se envolve em polêmicas na cidade. Há seis meses, um grupo de reeducandos do sistema socioeducativo limpava a calçada na rua, quando o homem passou de carro, de forma abrupta. Os reeducandos reclamaram, e o suspeito teria dado ré e os ameaçado. “Ele é um cara muito frio e agressivo”, disse o servidor público.

Assim que ficaram sabendo do ocorrido, vizinhos de Victor cercaram a casa do suspeito, ainda na tarde de sábado (23). O grupo tinha a intenção de questionar pessoalmente os ataques brutais ao garoto.

O momento em que moradores vão até a casa de Victor foi filmado. Nas imagens, é possível ver o grupo de homens em frente à residência do agressor, perguntando aos familiares o paradeiro dele. Acuados, o pai e a irmã de Victor ficaram o tempo todo na parte de dentro do imóvel, protegidos por grades. Eles disseram que o rapaz não estava e que o caso já era investigado pela polícia.

 

Fonte: Metrópoles

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