Polícia Civil afirma que inquérito deve ser concluído até sexta-feira (29). A empresária está em prisão preventiva desde o dia 22 de abril.
A Polícia Civil informou que a suspeita de matar uma mulher e agredir outras pessoas em uma distribuidora de bebidas ficou em silêncio durante depoimento, na segunda-feira (25). A empresária Murielly Alves Costa, de 27 anos, está em prisão preventiva desde o dia 22 de abril. .
O g1 não conseguiu localizar a defesa da investigada para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Gomes, explicou que mesmo com o silêncio da mulher, que não confirma, nem nega o caso, o inquérito deve ser concluído até sexta-feira (29).
“Ainda faltam oitivas, colheira de imagens e laudos periciais que não foram confeccionados”, detalha o delegado.
Gomes ainda afirmou que a empresária não será mais ouvida no inquérito, somente frente ao Poder Judiciário. Câmera de segurança registrou quando ela avançou com carro para cima da vítima, na quinta-feira.
Confusão em distribuidora
Murielly foi presa em flagrante no último dia 21 por suspeita de matar Bárbara Angélica Barbosa atropelada e agredir pelo menos outras três pessoas.
No entanto, sua prisão foi convertida em preventiva no dia seguinte a prisão, pelo juiz Carlos Luiz Damacena.
“A prisão preventiva, além de necessária e formalmente cabível, é medida adequada ao caso, uma vez que o crime, por sua própria natureza, é grave”, diz a decisão.
Gomes reforçou o fato de que, ao ser abordada pelos policiais, a empresária afirmou não se recordar do ato. Desde então, segundo o delegado, ela permaneceu em silêncio.
“Inicialmente ela enforcou um dos frequentadores, depois tentou enforcar também o responsável pelo local. Após esse tumulto, as vítimas, incomodadas com a situação que a investigada estava causando, começaram a tirar satisfação com ela”, disse o delegado.
O delegado contou que, após a briga, a vítima da tentativa de homicídio, que foi identificada como Camila, chegou a jogar cerveja na empresária. Com isso, Murielly entrou no carro, que estava estacionado na contramão e atropelou a mulher, que sobreviveu. Ela chegou a ser arremessada em um açougue.
“As vítimas estavam do outro lado da rua da distribuidora de bebidas. A investigada acelera o veículo e arremessa inicialmente o veículo contra a vítima sobrevivente[Camila]. Após isso, a vítima fatal [Bárbara] tenta tirar a chave do carro da investigada [Murielly], momento em que ela acelera e prensa a vítima em uma pilastra no local”, explicou o delegado.
Murielly foi presa em Nerópolis momentos depois, na casa dela. “Ela disse apenas que não se recordava de nada e que teria discutido com o namorado antes e, depois disso, teria parado em um local para beber”, completou Gomes.