Agora, após aprovação do processo, caso irá ao Plenário. Se cassação for mantida, Arthur do Val acabará inelegível
São Paulo – A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira (3) a continuação do processo de cassação do ex-deputado Arthur do Val (União), definida pelo Conselho de Ética, mesmo após ele ter renunciado ao mandato.
A continuação do processo foi aprovada por nove votos a um. Agora, o caso irá ao Plenário, que vai decidir se mantém ou não a pena determinada pelo Conselho de Ética, de perda de mandato. Caso a pena seja mantida, Do Val ficará inelegível.
Votaram a favor da continuidade do processo e para confirmar a pena de cassação os deputados Paulo Fiorilo (PT), Emídio de Souza (PT), Mauro Bragato (PSDB), Wellington Moura (Republicanos), Caio França (PSB), Marcos Zerbini (PSDB), Marta Costa (PSD), Sérgio Victor (Novo) e Delegado Olim (PP).
O único a divergir foi o deputado Milton Leite Filho (União), que sugeriu a perda temporária de mandato, em vez da cassação, comparando o caso de Do Val ao de Fernando Cury, que assediou a deputada Isa Penna (PCdoB).
Para ele, não é razoável “que o deputado que enviou áudios absurdos para um grupo de amigos seja punido com pena superior àquela que foi imposta a um flagrante de um deputado assediando uma colega na Assembleia”.
Em 12 de abril, o Conselho de Ética da Alesp decidiu, por unanimidade, cassar o deputado Arthur do Val por suas falas sobre mulheres ucranianas. No início de março, o então parlamentar disse que mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”, entre outras declarações machistas. O caso foi revelado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.