Pais da menina denunciaram que ela chegou em casa chorando e a diretora não contou o que aconteceu. Escola disse que uma funcionária foi demitida e outra pediu desligamento.
Uma bebê de 1 ano e 5 meses quebrou a clavícula após cair enquanto brincava em um pula-pula de uma escola em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Câmeras de segurança mostram quando a pequena Maria Júlia cai. Em seguida, uma funcionária a levanta e entra em uma sala com ela.
O acidente aconteceu no dia 27 de abril, mas o caso foi registrado na polícia na última segunda-feira (2). Segundo o pai, o empresário Juan Guimarães, a menina chegou em casa chorando e a escola não contou o que aconteceu. O homem denuncia que houve omissão de socorro por parte da escola.
“A professora dela entregou e informou que não tinha acontecido absolutamente nada e a gente perguntou para a diretora, a diretora falou que não tinha acontecido nada, mas que iria averiguar as câmeras”, falou o pai.
O laudo médico emitido em um hospital da cidade apontou que a menina quebrou 1/3 médio da clavícula e teve desalinhamento dos ossos.
O advogado da escola, Gustavo Santana, disse que o brinquedo foi interditado, será desmontado e que não houve omissão por parte da escola, mas pelas funcionárias. De acordo com o profissional, uma delas foi demitida e a outra pediu demissão.
“Com a apuração interna, o colégio conseguiu chegar em uma conclusão, a princípio não houve omissão da direção do colégio, houve uma omissão por parte dos tutores”, explicou o advogado.
À TV Anhanguera, uma das profissionais falou que ainda não foi procurada pelos pais, mas está à disposição da família. Já a outra, disse que não vai comentar o caso.
Na Polícia Civil, o caso foi registrado como lesão corporal. O g1 tentou contato com o delegado às 6h52 desta quarta-feira (4), mas não obteve mais informações sobre a investigação até a última atualização desta reportagem.
O pai da menina espera que a filha se recupere e que a polícia apure a responsabilidade da escola. A mãe, a administradora Evelyn Carvalho, fala que faltou atenção das funcionárias.
“De modo algum a rede deveria estar aberta. Teve falta de atenção com as crianças, elas deviam estar olhando o tempo todo as crianças, é um brinquedo tão perigoso para a idade deles e são todos bebês”, finalizou.