O juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati, 7ª Vara Criminal da Capital, aceitou nesta sexta-feira, 06, a denúncia do Ministério Público Estadual contra Josefa Cícera Nunes Flores, acusada de matar o marido, o sargento da Polícia Militar Alessandro Fábio da Silva, em março deste ano. Ainda não há data prevista para o julgamento.
“O incluso inquérito policial, de sua vez, guarnece elementos que tornam factível a presença de indícios de autoria contra o acusado, considerando, inclusive, a confissão dela em sede policial. Ante o exposto, recebo a denúncia ofertada, por entender preenchidos os requisitos legais”, diz o magistrado em sua decisão.
Na decisão, o juiz também manteve a prisão preventiva da ré, que irá aguardar julgamento atrás das grades. “Constata-se que não houve qualqueralteração fática ou jurídica apta a ensejar modificação do entendimento deste Juízoacerca da prisão da ré de modo que permanecem válidos os argumentos externadosquando da imposição da segregação preventiva e nas decisões de manutenção da prisão. Destaca-se que o modus operandi, doravante submetido ao conhecimento deste julgador, inclina para a existência de um crime de homicídio, no qual a ré confessa ter ceifado a vida de seu próprio companheiro, dentro da residência em que moravam”.
Entenda o caso
Na manhã do dia 23 de março de 2022, uma equipe da PM foi acionada para um condomínio na Cidade Universitária após denúncia de disparos de arma de fogo. Ao chegar ao local, a guarnição foi informada pelos porteiros que realmente foram registrados tiros, mas a vítima já tinha sido socorrida.
De imediato, a guarnição se deslocou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Conjunto Santa Maria, no bairro Cidade Universitária, onde estariam o sargento Alessandro Fábio da Silva, de 53 anos, e sua esposa.
Inicialmente, a mulher contou aos policiais que os disparos foram efetuados durante a brincadeira, conhecida como “Roleta Russa”. Contudo, ao ser questionada sobre o fato da arma do crime ser uma pistola, a acusada confessou que os tiros foram efetuados após ter sofrido agressões do marido.
Na casa do casal, a PM apreendeu uma pistola Taurus / 938 e uma pistola Glock. 40 além de três carregadores. As armas de fogo não possuem registro.
A esposa do sargento foi presa em flagrante. No mesmo dia a Justiça converteu a prisão em preventiva. A prisão foi determinada pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Capital após audiência de custódia.
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