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Empresário tatua no braço imagem de sensor de glicose para apoiar filha diabética

Bruno Mota Fernandes tatuou o sensor de glicose usado pela filha Maria Eduarda, de 10 anos, diagnosticada com diabetes há quatro anos. — Foto: Arquivo pessoal

Amor, apoio e inclusão. Foi movido pelo significado destas palavras que o empresário Bruno Mota Fernandes, morador de Fortaleza, decidiu tatuar um sensor de glicose para que a filha Maria Eduarda, de 10 anos, não se sentisse sozinha ao usar o aparelho, aplicado no braço como parte do tratamento de diabetes. A menina foi surpreendida com a homenagem do pai no último sábado (30).

“Algumas vezes ela se sentia excluída por usar aparelhos e por ser diabética. Tive a ideia de fazer a tatuagem para que ela se sentisse menos só e para ela sentir que eu estou apoiando ela em tudo”, afirmou Bruno.

A mãe de Eduarda, a dentista Paula Montenegro, mulher de Bruno, compartilhou na rede social uma foto da filha ao lado da tatuagem.

“Perguntei por que ela usava o sensor, e ela respondeu que era para não se furar várias vezes ao dia. Logo em seguida, mostrei que estava com ela nessa caminhada. Ela não sabia que eu ia fazer [a tatuagem], foi uma surpresa. A primeira reação dela ao ver a tatuagem foi de emoção, os olhos encheram de lágrimas e ela me deu um abraço, sem acreditar”, lembrou o empresário.

Diagnosticada aos 6 anos

 

Bruno, a mulher Paula Montenegro e a filha do casal Maria Eduarda, que conta com o apoio dos pais no tratamento contra o diabetes. — Foto: Arquivo pessoal

Maria Eduarda foi diagnosticada aos 6 anos com a diabetes mellitus tipo 1, que assim como o tipo 2, é caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue, o que desencadeia uma série de complicações no organismo. Por conta da doença, a menina precisa verificar constantemente o nível de glicose.

Conforme o Bruno, inicialmente a filha passava pelo procedimento mais conhecido, levando uma furada no dedo para expelir uma gota de sangue, colocada na fita de teste do aparelho de glicose. Isso era feito cerca de oito vezes ao dia.

Desde o ano passado os pais de Eduarda optaram pela implantação do sensor de glicose subcutâneo, que permanece colado sobre a pele da parte posterior de um dos braços, fazendo a medição, sem picadas.

“Compramos o sensor para dar esse conforto a ela, e também para nos ajudar a controlar melhor a glicose no sangue”, disse o pai.

Além das medições, Maria Eduarda mantém uma dieta balanceada e os pais dela tentam controlar a glicose com a aplicação de insulina. Ainda de acordo com o empresário, a família prioriza a saúde da menina de modo que ela não deixe de aproveitar a infância.

“Quando ela sai da rotina de alimentação, como aniversários ou passeios, ela come o que quiser, tudo normal. Nosso cuidado, nesse momento, é calcular a média de carboidratos que ela come e aplicar a insulina equivalente”, explica Bruno Mota.