O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro deve definir seu futuro político brevemente, mas não dá prazo. “Em breve, em breve deve ter essa definição. Eu entrei num novo partido, como a gente não pode entrar como dono da bola, estamos construindo isso dentro do partido. E o principal objetivo foi construir uma alternativa para a gente conseguir vencer a polarização”, afirmou Moro. Ele diz que a decisão sobre a qual cargo poderá concorrer será tomada em conjunto com as lideranças de seu partido, o União Brasil. “Então, as eleições estão aí, né? As eleições estão em outubro, então isso está sendo discutido ali dentro do partido: qual vai ser exatamente a minha posição, e tem uma série de alternativas à disposição. Eventualmente para algum cargo legislativo ou para algum cargo no Executivo, mas pode ter certeza que isso vai ser é anunciado no momento apropriado”, assegurou.
O ex-juiz demonstra um certo incômodo com o ritmo de unificação da terceira via para enfrentar a polarização hoje existente entre o atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Para o ex-ministro, desajustes internos de alguns partidos do bloco estão atrasando o processo de escolha do nome. “A gente tem visto uma dificuldade interna muito grande de partidos como MDB e PSDB para definição desse pré-candidato. Quem definiu um pré-candidato foi o União Brasil, que denunciou o presidente do partido Luciano Bivar. “Essa é a situação que nós temos hoje dentro do partido, dentro ali do União Brasil. O União Brasil tem estrutura partidária, a União Brasil tem tempo de TV e condições para enfrentar esses dois extremos”. Moro diz que não se arrependeu em nenhum momento de ter deixado o Podemos onde era protagonista e gozava de um prestígio acentuado para ingressar no União Brasil. “Minha constatação objetiva é que para vencer esses extremos, sem qualquer demérito ao Podemos, e com toda que cabe ao Podemos era necessário ter uma estrutura maior partidário, o União Brasil é o maior partido do Brasil”, afirmou. Questionado se ainda tem intenção de se candidatar a Presidência da República, o ex-juiz desconversou, mas não descartou nenhuma hipótese podendo disputar cargo tanto no executivo quanto no legislativo.