O comando da Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal aterrissou em missão de emergência em Maceió para apurar de perto o que acontece na Superintendência Regional da PF em Alagoas, com suspeitas de ingerência política direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, no cargo.
Em ata obtida pela Coluna, a ADPF informa que os delegados não compactuam e coadunam com suspeitas de ingerência na atuação da categoria, lembrando que a corporação tem alto nível de aprovação popular justamente pela independência e autonomia conquistadas em sua trajetória.
O imbróglio começou com a revelação, na Folha de S. Paulo, de uma tentativa de troca no comando da PF em Alagoas pelo diretor-geral Márcio Nunes. Num episódio inédito na História da polícia judiciária, o próprio DG, cargo máximo da corporação, não conseguiu trocar o nome na Superintendência.
“A ADPF repudia de forma veemente qualquer atitude que possa atentar contra a autonomia e prerrogativas dos Delegados de Polícia Federal e vai tomar todas as providências em defesa dos Delegados para que este episódio seja apurado e esclarecido.”, diz Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).