Os réus Claudemir Ferreira Vicente e Antônio Fernando da Conceição – acusados de assassinar Luêdja Marques Galdino e tentar matar outras três pessoas em 2014 – vão a Júri Popular nesta quinta-feira, 12. O julgamento, que será conduzido pelo juiz Guilherme Bubolz Bohm, está previsto para iniciar às 9h, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.
Consta nos autos que na noite do dia 20 de novembro de 2014, a dupla esteve em uma residência da Rua Bela Vista, na Grota do Rafael, e assassinaram a vítima e tentaram matar Thiago Felipe de Melo, Hosana Salustiano Galdino e Nemias de Oliveira Galdino.
No decorrer do processo, testemunhas foram ouvidas e contaram que os atiradores chegaram ao local em uma motocicleta. Eles gritavam que ‘era para matar todo mundo’.
Após Nemias de Oliveira ser atingido com um tiro no braço, os criminosos entraram na casa por uma janela que Thiago Felipe usou para fugir e passaram a atirar em um quarto que o resto da família utilizou para se esconder. Hosana foi atingida no rosto enquanto dormia com a filha de apenas três meses, mas conseguiu correr e fugir.
No momento em que os réus saíram para recarregar as armas, Hosana encontrou com a irmã, Luêdja Marques e a mãe na lavanderia. Foi aí que Antônio Fernando tirou a vida de Luêdja. “Hosana, já baleada, pegou a filha de 3 meses e conseguiu chegar até a área de serviço, colocou a filha pela laje e pulou junto. Que disse à mãe que iria buscar ajuda. Que Luêdja foiaté a mãe e perguntou pelo seu filho que também era um bebê. Que a depoente respondeu:“Vamos procurar”. Em seguida, Fernando apareceu na área de serviço, ao que a depoente disse:“Moço, eu não fiz nada com você, porque está fazendo isso na minha casa?”. Que Fernando tirou o capacete e encarou a depoente por um momento. Que Luêdja se ajoelhou atrás da mãe. Assim, Fernando colocou o revólver na cabeça de Luêdja e disparou. Depois se retirou do local”, contou em juízo a mãe da vítima.
A motivação do crime seria vigança uma vez que Thiago Felipe teria supostamente participado de um homicídio de Lucas de França, no início de 2014. Fernando era muito amigo de Lucas e prometeu no enterro que vingaria sua morte.
Matéria referente ao processo nº 0713534-43.2017.8.02.0001