Guedes bate-boca com sindicalista durante entrevista em Brasília

G1

O ministro da Economia, Paulo Guedes, bateu boca com um sindicalista nesta quinta-feira (12) na entrada do ministério.

O bate-boca aconteceu enquanto Guedes concedida uma entrevista coletiva a jornalistas ao lado do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. No encontro, os dois discutiram os estudos de privatização da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), conhecida como a estatal do pré-sal.

“Eu queria que todos soubessem que nós sempre respeitamos, estamos numa democracia e que nós respeitamos os vencedores de eleições”, dizia Guedes à imprensa quando o sindicalista gritou: “Não, vocês não respeitam nosso povo”.

O ministro da Economia, então, declarou: “Eu não quero falar de quem roubou a Petrobras, assaltou a Petrobras. Durante anos, roubaram, foram condenados, eu não quero falar isso. Eu quero simplesmente receber como um programa de governo que teve 60 milhões de votos, receber aqui um pedido do novo ministro de Minas e Energia e encaminhar o processo.”

O sindicalista, então, retrucou: “Destruiu o patrimônio do povo brasileiro, ministro.”

Ao que o ministro da Economia respondeu: “Nós vamos devolver ao povo brasileiro o que é deles, nós vamos devolver ao povo brasileiro o que é deles.”

Guedes, então, encerrou a entrevista coletiva e deixou o local.

Reunião com sindicalistas

Antes do início do bate-boca, Guedes pediu aos manifestantes que baixassem o som. Sindicalistas estão há semanas em frente ao prédio do ministério da Economia reivindicando aumento de salário.

“Dá para baixar o som um minuto só para a gente falar aqui?” pediu Guedes. O ministro foi atendido. Logo depois, um sindicalista perguntou quando o ministro iria atendê-los.

Guedes, então, respondeu que Caio Mario Paes de Andrade, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, estava se reunindo com as classes de servidores. O sindicalista disse que “não” e pediu para conversar com o próprio ministro. Guedes não respondeu.

Depois, os sindicalistas começaram a gritar que as privatizações da Petrobras e da PPSA eram “golpe” contra o patrimônio público.

Fonte: G1

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