Um homem foi preso suspeito de estuprar e engravidar a própria enteada, de 12 anos, em Sobradinho II, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, a investigação durou um ano e a confirmação do crime foi possível após a realização de exame de DNA na placenta da vítima.
Os investigadores afirmam que o suspeito confessou o crime após a prisão. Já a menina sofreu um aborto após 22 semanas de gestação, por trombose e depois de ser infectada pela Covid-19. Ainda de acordo com a polícia, a família não contribuiu com as apurações.
O delegado Laércio Carvalho, da 35ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho II, afirma que o caso chegou à corporação após denúncia do Conselho Tutelar da região sobre a gravidez da menina.
Os policiais iniciaram a investigação mas, segundo a PCDF, “constatou-se imensa dificuldade em esclarecer a autoria do crime. Já que a família e a vítima não colaboravam e buscavam encobrir a autoria”.
Após o aborto da vítima, os policiais foram até o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e colheram parte da placenta. Com autorização da Justiça, o Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) fez um confronto genético do material com sangue que já tinha sido colhido do padrasto.
Segundo a polícia, já havia suspeita contra ele porque, logo após saber da gravidez e do aborto, o homem se mudou do Distrito Federal.
“Realizado o exame de DNA, através do confronto genético, entre os fragmentos de placenta referidos e o sangue do suspeito, veio a surpresa, onde constataram-se perfis genéticos compatíveis com a condição de paternidade do suspeito em relação ao feto, ou seja o autor do estupro que resultou na gravidez da vítima, fora o próprio padrasto”, diz a polícia.