O homem que foi preso por manter a companheira e a filha em cárcere privado pode ter deixado as vítimas passarem fome durante o período em que ficaram presas, segundo informações do delegado Thiago Costa, que investiga o caso. Até essa quinta-feira (19), a polícia já ouviu cerca de 12 pessoas.
O crime aconteceu na cidade de Iaçu, cerca de 280 quilômetros distante de Salvador. As vítimas foram encontradas na terça-feira (17), após uma denúncia anônima, em um imóvel em péssimas condições localizado no mesmo terreno da casa da família. Os vizinhos disseram que há cerca de um ano não tinham informações sobre as duas mulheres.
Conforme a SSP, o local onde mãe e filha foram encontradas tinha apenas um sofá, uma cama e poucos alimentos básicos guardados embaixo de uma lona.
Ainda segundo o delegado Thiago Costa, um dos familiares das vítimas que vive na mesma rua da família, contou que era impedido de visitá-las, o que também configura cárcere privado.
No momento em que a polícia chegou no local, a mulher não conseguiu responder as perguntas que foram feitas pela polícia. O delegado também afirmou que a jovem aparenta um tipo de doença mental e a mulher estava em estado de depressão.
Nesta quinta-feira, o suspeito segue preso em Iaçu e vai responder pelos crimes de maus tratos e cárcere privado. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão no estabelecimento comercial do suspeito, onde foi encontrada uma arma.
A mulher e a filha foram levadas para o hospital de Iaçu, onde receberam atendimento médico e psicológico. Segundo a SSP, também foram acionados os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), para acompanhamento das vítimas.