Política

Senadores vão a Sergipe acompanhar investigações sobre morte de Genivaldo

Pela decisão da Comissão de Direitos Humanos, ida será nos dias 13 e 14. Genivaldo morreu por asfixia durante abordagem da PRF. Senadores propuseram indenização de R$ 1 milhão à família.

PF/SE

Local onde aconteceu abordagem realizada pela PRF que resultou na morte de Genivaldo em Umbaúba — Foto: PF/SE

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º) um requerimento que prevê a ida de parlamentares a Aracaju e a Umbaúba, em Sergipe, para acompanhar as investigações sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos.

Na semana passada, Genivaldo foi abordado por policiais rodoviários federais em Umbaúba (SE) porque pilotava uma moto sem capacete e colocado no porta-malas de uma viatura. Os policiais, então, jogaram gás lacrimogêneo dentro do porta-malas. O laudo médico concluiu que Genivaldo morreu por asfixia.

Segundo um sobrinho de Genivaldo, o tio ficou nervoso após os policiais terem pegado os remédios dele. Genivaldo era aposentado por ter esquizofrenia.

Roteiro previsto

A ida dos parlamentares às cidades de Sergipe está programada para os dias 13 e 14 deste mês.

O presidente da comissão e autor do requerimento, senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou que vai convidar senadores de Sergipe para acompanhar a diligência.

Conforme o roteiro previsto pelos senadores, no dia 13 eles irão a Aracaju e se reunirão com:

Polícia Federal (PF);

Ministério Público Federal (MPF);
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);

Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ainda segundo o roteiro, no dia 14 os senadores irão a Umbaúba e:

visitarão a família de Genivaldo.

Indenização à família

Segundo Humberto Costa, ele e o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentaram um projeto de lei que concede à família de Genivaldo uma indenização no valor de R$ 1 milhão e a concessão de pensão vitalícia no valor de um salário mínimo.

“Isso certamente não vai trazer de volta a vida de Genivaldo, mas certamente vai minimizar o sofrimento dessa família, que tinha em Genivaldo o único provedor que a família dispunha”, disse Costa.

A proposta de indenização e pensão vitalícia ainda deve ser levada a votação – ainda não há prazo para a apreciação.