A Justiça aceitou, nesta quinta-feira (9), a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL)
A mulher acusada de jogar o próprio enteado, de apenas seis anos, da janela do quarto andar de um prédio em Maceió tornou-se ré pelo crime de tentativa de homicídio após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL). O crime aconteceu no dia 23 de maio deste ano no bairro Benedito Bentes.
A denúncia do MP/AL, assinada pelo promotor de Justiça Lucas Sachsida, diz que o crime foi cometido mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima e somente não foi consumado por circunstâncias alheias à vontade da ré. No dia do ocorrido, a mulher não foi encontrada no local do crime, mas esta se apresentou espontaneamente e foi encaminhada à Delegacia de Polícia.
Com a decisão do juiz Ygor Figueirêdo, da 14ª Vara Criminal da Capital, Adriana Ferreira da Silva, que está presa preventivamente desde o último dia 24 de maio, tem agora 10 dias para apresentar resposta à acusação.
O magistrado determinou ainda que a vítima seja ouvida por meio de depoimento especial, na sede da Vara, que deverá servir como forma de antecipação probatória. Sendo assim, o menino não precisará relembrar o caso mais de uma vez. No depoimento será aplicada técnica específica de oitiva de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência que visa resguardar a sua integridade psicológica e emocional.
Como Adriana está presa preventivamente, o juiz indeferiu o requerimento do Ministério Público quanto à aplicação da medida cautelar de distanciamento da vítima, “considerando que a ré permanece custodiada em prisão preventiva e, portanto, não oferece risco concreto a integridade física e psicológica da vítima”.
A decisão pode ser reavaliada em caso de mudança na situação de liberdade da ré.
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Caso
Na madrugada desta segunda-feira, 23, a acusada estava com o companheiro, pai da vítima, consumindo bebidas alcoólicas quando teve uma suposta crise de ciúmes e jogou o menino pela janela do quarto andar do prédio onde moravam ela, o companheiro, a criança e mais dois menores, filhos dela de relacionamento anterior.
Na sequência, ela fugiu do local. A criança foi, inicialmente, encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, foi levada para o Hospital Geral do Estado. A criança recebeu alta no dia 28 de maio.