Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), a Delegacia de Homicídios da Capital confirmou que o crime contra o motorista por aplicativo Daniel Rubens Pereira Brandão, de 30 anos, foi de ‘oportunidade’. Os dois suspeitos, presos na noite de ontem, ambos com 19 anos, saíram de casa determinados a roubar qualquer pessoa e, quando Daniel disse não ter dinheiro, foi morto a tiros.
O latrocínio ocorreu na noite de terça (7), na Rua da Areia, no Rio Novo, e o corpo do motorista e seu veículo só foram encontrados na manhã do dia seguinte. Uma grande mobilização da categoria ocorreu após o crime. O crime foi investigado pelos delegados Fábio Costa e Thiago Prado.
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G.P.S.J. e L.C.P.S., ambos de 19 anos, foram localizados numa residência do conjunto Virgem do Pobres III, no Vergel do Lago. A investigação apontou que os suspeitos estavam juntos no dia do crime e tramaram cometer assaltos contra um motorista por aplicativo. Daniel aceitou a viagem e pegou os criminosos no Vergel. No destino, eles anunciaram o assalto e exigiram o dinheiro e o aparelho celular da vítima. “Pelos depoimentos, ao darem voz de assalto, os assaltantes tomaram o celular da vítima e exigiram que ele entregasse dinheiro. Como a vítima não tinha eles ficaram furiosos e acabaram disparando seis vezes contra o motorista”, revela o delegado Fábio Costa.
O adolescente que acionou o motorista para a falsa corrida também foi ouvido pela polícia. Ele disse que não sabia da real intenção de L.C.P.S. quando recebeu a mensagem dele, via redes sociais, solicitando a corrida pelo aplicativo. O menor alegou que não o conhecia pessoalmente, garantindo que o contato era, apenas, virtual.
Segundo o delegado Thiago Prado, os suspeitos eram acostumados a publicar fotos com armas e drogas nas redes sociais. “Eles pertencem a uma facção criminosa. Nas redes sociais, eles aparecem armados e ostentando o uso de drogas e incentivando o tráfico. Todos já possuem passagem na polícia pelo crime de roubo, além de ficar claro que eles estavam focados em cometer assaltos contra motoristas por aplicativo”, detalhou.
O trabalho investigativo continua para apurar se há outros envolvidos na trama.